Um inquérito conduzido pela Associação Portuguesa das Indústrias de Mobiliário e Afins (APIMA) revelou que até ao final de março, 44% das suas empresas associadas tinham interrompido a laboração. Os dados indicam ainda que, até maio, a percentagem de empresas em lay-off pode vir a subir até aos 66%.
Segundo o inquérito da APIMA, lançado para perceber o impacto da pandemia da COVID-19 na atividade económica das empresas do setor, os principais problemas sentidos são a diminuição das encomendas (88%), problemas na cadeia de distribuição (60%) e nos fornecimentos (45%), bem como o cancelamento de eventos (42%).
Tendo em conta estas consequências da pandemia, uma em cada três empresas inquiridas afirmou ter perdas superiores a 50% no mês de março em relação ao mesmo período de outros anos. Em abril, os danos estimados são ainda maiores, com 70% dos empresários a prever quebras de faturação superior a 50%.
Veja a entrevista a Joaquim Carneiro, presidente da APIMA, sobre as consequências da pandemia, os apoios do Governo e a sua visão sobre o futuro da indústria do mobiliário.