Comemora-se hoje, dia 15 de março de 2024, o Dia Mundial do Sono.
O sono é uma função vital do organismo. Permite, entre outras coisas, a reparação das células, regulação das hormonas, reorganização dos neurónios e o bom funcionamento do sistema imunitário.
Uma noite mal dormida é suficiente para prejudicar a nossa memória e capacidade de concentração. Aliás, dormir mal é uma das principais causas de acidentes rodoviários.
Mas se qualquer um consegue reconhecer a irritabilidade como resultado de se sair da cama mais cedo do que se queria, as consequências de semanas, meses, anos de noites mal dormidas são mais difíceis de identificar. Tal como acontece com a inatividade física ou os maus hábitos alimentares, a privação crónica do sono está na origem de muitas doenças, estando associada à obesidade, diabetes tipo 2, hipertensão arterial, AVCs e enfartes cardíacos, depressão, ansiedade… e a lista não termina aqui.
Segundo a Organização Mundial de Saúde um recém-nascido deve dormir 14 a 17 horas por dia, uma criança (6-10 anos) de 9 a 12 horas, um adolescente 8 a 10 horas e um adulto mais do que 7 horas diárias.
Em 2019, quase metade da população nacional com mais de 25 anos (46%) dormia menos de 6 horas, 32% considerava ter má qualidade do sono e 40% reportava ainda dificuldades na condução e outras atividades diárias por sonolência.
De facto, em Portugal, dorme-se pouco e dorme-se mal, o que justifica a nossa posição enquanto 2º maior consumidor do mundo de Zolpidem – um comprimido para dormir.
Existem várias coisas que podemos fazer para melhorar a qualidade do nosso sono: deitar e levantar sempre à mesma hora, evitar jantares pesados, limitar o consumo de bebidas com cafeína (incluindo chás e refrigerantes) no final do dia, reduzir a exposição a ecrãs antes de dormir, praticar exercício físico regularmente pelo menos 4 horas antes de se deitar, …
Mas a boa higiene do sono nem sempre é suficiente, porque as perturbações do sono – como a apneia do sono, a insónia, ou a síndrome das pernas inquietas – são frequentes e requerem atenção médica. No entanto, dormir pouco é, para muitos, uma escolha: o sono não é uma prioridade e sacrificam-se horas na cama por mais uns episódios de uma série ou mais umas tarefas no trabalho. Nestes casos, a solução para uma vida mais equilibrada e saudável não é fácil mas é simples: vá para a cama mais cedo