Para se perceber a determinação, a audácia e a resiliência, nada como observar um carreiro de formigas a transportar o alimento para o formigueiro… É uma verdadeira lição!
Nestes dias difíceis de pandemia em que o mundo se mostra do avesso, é bom pensarmos na força da formiga e na fortaleza que é o formigueiro… Somos todos necessários, essa a principal mensagem que a imagem descrita, sugere.
Os hospitais ainda estão cheios, andamos todos de máscara, saímos pouco e os jovens continuam com aulas à distância. Tudo isso é preciso, fundamental mesmo, para que, o mais depressa possível, nos libertemos deste vírus que nos tem massacrado.
Para se perceber a determinação, a audácia e a resiliência, nada como observar um carreiro de formigas a transportar o alimento para o formigueiro… É uma verdadeira lição!
É fácil sentir a adrenalina e até a paixão de quem tem a responsabilidade de curar e salvar vidas. Vemos isso pela televisão e, face às imagens, podemos perceber que todos são indispensáveis para esse fim. Respira-se preocupação e emoção e não se pode ser indiferente ao que vemos, tudo provocado pelo vírus.
Os espaços transformam-se, outros inventam-se, vestem-se fatos quase lunares, olha-se pouco o relógio e só podemos ler nos olhos. É a expressão facial possível! Muitas vezes, adivinhamos surpreendidos, os rostos marcados e que, curiosamente, não deixam de estar tranquilos. São rostos dos que têm trabalhado arduamente para salvar vidas. São retratos marcantes a quem devemos agradecer pelo esforço. São exemplos que devemos guardar tal como é a força colectiva das formigas…
E, os outros? Há sempre a mesma união?
Claro que não… Vemo-lo pela seleccão de critérios e aplicação das vacinas, tantos que, vergonhosamente, tentam passar à frente e continuam indiferentes. Tantos que se acautelam e sabem pisar sem que, por esses motivos, sejam punidos.
Punição? Quem sofre castigo? Ninguém, quase ninguém, os menos capazes são sempre os que mais sofrem e os que deveriam dar o exemplo, disfarçam ou fazem marcha atrás.
Estamos a iniciar mais um tempo de campanha eleitoral, o tempo ideal para que, tantos que não valem nada, se ponham em bicos de pés para serem os escolhidos. Não se escolhem sempre os melhores, os mais preparados e, mesmo que se formem grupos, tantos entre eles, esquecem o exemplo das formigas e, habilidosamente, puxa cada um para seu lado ou para o seu fim. Começa-se já a sentir que alguns estão mais simpáticos, mais trabalhadores, mais inspirados, mais receptivos mas, o objectivo principal esconde-se por detrás dessa simpatia ou inspiração…
Este começa a ser o tempo em que o eleitor comum pode pedir, pode falar, pode ser sempre atendido… Este já é o tempo em que se deixa de olhar o exemplo das formigas que laboram arduamente, face a um objectivo comum. Agora, cada vez mais, cada um trabalha mais para si.
Não é bem assim? Claro que não, pretendem provar alguns… Claro que sim, dizem os mais experimentados. Não tenho, para já, outra opinião…
Era bom que cada grupo, seja lá o que isso for, lutasse por um objectivo colectivo, para o bem comum. Seria bom que o exemplo das formigas fosse realmente seguido. Se assim não for, e receio bem que não seja, para já estou convencida que não irei votar!
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