ULSTS

Para fazer face à pressão que o internamento tem sentido nos últimos dias, devido ao aumento de casos de doentes com problemas respiratórios, a Unidade Local de Saúde do Tâmega e Sousa (ULSTS) abriu, no Hospital Padre Américo, em Penafiel, uma nova unidade provisória de internamento, com capacidade para 28 camas.

“Estamos numa fase de epidemia de gripe, com um aumento muito significativo do número de casos, que afetam sobretudo uma população idosa”, explicou Nélson Pereira, diretor clínico dos Cuidados de Saúde Hospitalares, dando nota de que taxa de internamento médio no hospital aumentou de 8% para 13,7%.

Com uma maior afluência às urgências de doentes com problemas mais graves – o número de atendimentos de doentes laranja passou de 50 por dia para 90 – muitos deles com necessidade de internamento, a ULSTS está com uma taxa de ocupação do serviço de Medicina Interna de 210%, tendo 274 doentes internados no hospital – 164 em Medicina Interna e os restantes em outros serviços da unidade hospitalar, nomeadamente Infeciologia e Pneumologia. Tem, ainda, cerca de 200 doentes, 75 dos quais agudos, internados em unidades externas, no setor social e privado.

“E isto pressiona os serviços e as equipas, pois temos um número de doentes internados muito elevado, relativamente à capacidade do Hospital que é baixa para a população total que serve”, referiu o diretor clínico.

Urgências com doentes mais graves

Ontem, o serviço de Urgência da ULSTS tinha 60 doentes internados, apesar de estar a conseguir dar resposta às solicitações, com tempos médios de resposta dentro do que é padronizado e equipas completas.

Comparando os primeiros cinco dias do ano, com o mesmo período do ano passado, o serviço de Urgência registou um maior número de episódios de urgências, mas menos doentes verdes e azuis. “Houve mais doentes a recorrer, mas doentes mais graves, mais 77 doentes a serem internados do que em igual período do ano passado e 61% dos internados têm mais de 65 anos”, explicou Carla Freitas, diretora do Serviço de Urgência da ULTS, acrescentando que “o problema não é a capacidade de atendimento aos doentes que acorrem às Urgências, mas sim o escoamento dos doentes que necessitam de internamento, o que está a provocar dificuldades de gestão de espaço e de recursos humanos”.

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