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Tia e sobrinha detidas por burlas para afastar mau-olhado

detido / jovem

Fotografia: Direitos Reservados

Duas mulheres, tia e sobrinha, foram detidas pela GNR de Penafiel e colocadas em prisão preventiva, depois de terem lesado duas dezenas de pessoas, em milhares de euros, com promessas de rezas para afastar o mau-olhado.

O caso começou em 2022, quando as duas mulheres, de 58 e 34 anos, residentes em Santo Tirso, que se faziam passar por mãe e filha, começaram a pedir esmola para comer. Depois de conquistarem a confiança das vítimas, exigiam ouro e dinheiro, para afastar o mau-olhado.

As burlonas lesaram duas dezenas de vítimas e conseguiram mesmo que uma delas, uma mulher de Famalicão, lhe desse uma “avença” mensal de 300 euros, que passou depois para 400 euros.

À mulher, que tinha ficado órfã de mãe, as duas burlonas disseram que conseguiam falar com a familiar morta. Acabaram por ser corridas pelo marido da vítima, mas esta ainda trocou contactos telefónicos com as burlonas, a quem contatou mais tarde. A partir daí, as bruxas começaram a exercer uma pressão reiterada sobre a vítima, a quem pediram dinheiro ou ouro, ou outros bens alimentares, quando esta não tinha disponibilidade financeira. Conseguiram sacar-lhe cerca de 20 mil euros, deixo-a sem poupanças, com dívidas e em dificuldades financeiras para as despesas do dia a dia, como comida.

As duas mulheres burlaram ainda uma outra mulher de Vilela, Paredes, que lhe deu ouro e a quem prometeram uma reza para lhe curar de um problema nas pernas. A mais velha disse-lhe ainda que uma cunhada lhe queria mal e pediu-lhe 40 euros por nova reza para afastar o mau-olhado. A mulher ainda recusou, mas acabou por ceder ao pedido das burlonas, temendo que algo de mal lhe acontecesse.

A partir daqui vários pedidos de dinheiro e ouro foram feitos pelas burlonas e a mulher chegou a furtar ouro da filha e a pedir dinheiro a uma vizinha para satisfazer as solicitações. A mulher ficou sem 3500 euros e objetos de ouro avaliados em 20 mil euros, e impossibilitada de pagar as suas despesas mensais.

As duas mulheres acabaram por ser detidas pela GNR após queixa apresentada pelas vítimas. Presentes a juiz, foram colocadas em prisão preventiva.

 

 

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