Freguesias / Câmara de Paços de Ferreira vai instalar desfibriladores em escolas e espaços desportivos
Fotografia: IMEDIATO / Ricardo Rodrigues

Um secretário do Gabinete de Apoio à Vereação da Câmara de Paços de Ferreira foi acusado pelo Ministério Público (MP) de Paredes de participação económica em negócio, abuso de poder e falsificação de documentos. Segundo noticia o Jornal de Notícias (JN) na edição desta sexta-feira, António Nunes Barbosa, de 52 anos, está acusado de “em conluio com um comerciante de automóveis”, ter viciado um concurso para a compra de três carros elétricos, “tendo lucrado 9580 euros à custa do município”.

Segundo o JN, o caso ocorreu em dezembro de 2022, altura em que a Câmara Municipal de Paços de Ferreira decidiu comprar três carros para entregar à Polícia Municipal. “A adjunta da Presidência sabia que António Barbosa tinha estado ligado ao comércio automóvel e pediu-lhe ajuda. Não sabia que, apesar de ter sido nomeado para o novo cargo, António Barbosa ainda mantinha e geria duas empresas do ramo, num dos casos através de uma mulher testa de ferro”, pode ler-se na acusação a que o JN teve acesso.

Segundo a acusação, António Barbosa “planeou comprar as viaturas através das suas empresas para depois as vender, com lucro, ao município”. Assim, indicou as três empresas que deviam ser convidadas a fazer propostas, entre as quais a de Amâncio Silva, seu conhecido, “com quem se teria concertado para esconder a sua participação no negócio” e que apresentou a proposta mais baixa: 56 mil euros mais IVA.

“A 1 de janeiro de 2021, o contrato foi adjudicado à António Amâncio Unipessoal. Porém, o MP garante que os carros nunca foram desta empresa ou do seu gerente. Seriam de António Barbosa, que interveio diretamente na celebração do negócio”, refere o JN, acrescentando que, com o negócio, António Barbosa terá lucrado 9580 euros à custa da autarquia.

Para o MP, António Barbosa e Amâncio Silva cometeram um crime de participação económica em negócio, um crime de abuso de poder e um crime de falsificação de documentos.

Ainda segundo o jornal, foi o presidente da Câmara Municipal de Paços de Ferreira que, “ao tomar conhecimento de eventuais ilegalidades nesta compra, solicitou a realização de uma autoria interna e que depois reportou os respetivos resultados ao Ministério Público, com o objetivo de procurar esclarecer o sucedido”, aguardando agora a conclusão do processo judicial.

 

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