Site icon Imediato – Jornal Regional

Se Francisco Sá Carneiro fosse vivo…

Respeito / Zela / Lei / Leste / Sol / Ano / Alberto Santos -Rebanho / Desligamento / Futuro, Máscara / Avós / Língua / Analfabeto / Oportunidades /ladrão de memorias / pandemia

Se Francisco Sá Carneiro estivesse hoje vivo, teria feito 90 anos no passado dia 4 de dezembro de 2024.

Ninguém sabe ao certo como seria Portugal se, há 44 anos, não tivesse sido vítima de um atentado tão injusto como dramático.

Injusto porque a razão humana não é capaz de encontrar uma justificação inteligível para um ato tão ignóbil.

Dramático, não só pelo modo cruel como tudo aconteceu, mas por ter deixado um país inteiro órfão de um dos seus líderes mais carismáticos, inspiradores e evoluídos, no tempo lhe foi concedido viver.

Francisco Sá Carneiro nasceu no Porto, a pátria dentro da pátria de Sophia de Mello Breyner, e dali levou os nossos valores maiores – o do trabalho e o da liberdade – para engradecer e enobrecer a Pátria maior, Portugal.

Ninguém sabe como teria sido Portugal se a vida de Francisco Sá Carneiro não tivesse sido interrompida. Mas ninguém terá dúvidas de que as valores que caraterizaram a sua existência, a sua coragem e ousadia durante o estertor do Estado Novo e nos 6 anos de democracia em que ainda viveu, nos permitem afirmar que certamente teríamos um Portugal ainda melhor.

Ética política, coragem, frontalidade, audácia, convicção, ousadia, coerência, seriedade, lealdade, carisma, competência, credibilidade, são apenas alguns dos adjetivos que o caraterizaram.

Imbuído desses valores, Sá Carneiro inspirou e ajudou a criar um partido novo, incontornável na consolidação e fortalecimento da democracia em Portugal: o PPD, agora PSD.

Um partido que cruzou o país de Norte a Sul, chegou às ilhas, às autonomias e à diáspora.

Um partido que lutou e luta, firme, convicto e determinado, contra as tentativas de derivas radicais. Ontem da esquerda; hoje também de uma certa direita, que, sem pudor, pretende aproveitar-se do seu pensamento e património intelectual.

Com o seu contributo, o país ganhou um partido moderado, equilibrado, europeísta, atlântico, universalista, personalista, humanista, que procura proteger os mais desfavorecidos, que reconhece o direito à diferença, que valoriza o mérito, que procura dar a todos uma oportunidade na busca da sua felicidade pessoal, e justiça e igualdade no elevador social a que todos temos direito. Um partido que incentiva a criatividade e a imaginação, sempre aberto à inovação e à mudança.

Um partido pragmático, quando é preciso, mas inspirado numa social democracia em permanente atualização, à luz da modernidade e dos desafios dos novos tempos. Que defende a paz, o liberalismo político e a livre iniciativa das economias abertas de mercado. Que sabe, por isso, até onde deve chegar o Estado, onde começa o papel do cidadão, das empresas ou do terceiro setor.

Continuemos, por isso, a inspirar-nos nos seus valores. E, com eles, a transformar Portugal num país mais próspero, mais justo, mais solidário.

 

 

Exit mobile version