O SC Freamunde assinalou esta sexta-feira 88 anos desde a sua fundação. O momento foi assinalado de forma simbólica, reunindo os três sócios mais antigos no momento do corte do bolo e reconhecendo as suas longas ligações com o clube.
Já estão ligados há décadas ao SC Freamunde – e tão cedo não pretendem deixar de “vibrar” com o clube da cidade. As memórias de Fernando Correia, Abílio Nogueira e Nélson Lopes, os três sócios mais antigos, eram suficientes para preencher um livro sobre a história do clube.
Fernando Correia “colocou a estrela ao peito” ainda em criança e, desde então, nunca mais deixou de fazer parte do SC Freamunde. É sócio há já quase 80 anos e continua a olhar para o clube com orgulho e dedicação, tendo apenas “pena de não poder colaborar mais”.
Abílio Nogueira ainda se recorda precisamente do momento em que se tornou sócio do SC Freamunde. Era adolescente e vivia mesmo em frente ao antigo Campo do Carvalhal, saltando as tábuas que limitavam o recinto para assistir aos jogos. Décadas depois, espera com ansiedade para voltar ao estádio e ver novamente o seu clube “do coração” a jogar.
Já Nélson Lopes, o terceiro sócio mais antigo e antigo presidente do SC Freamunde, sublinhou a “união e o amor à camisola” que diferenciam o clube e que desde cedo o motivaram a continuar a ser sócio e a apoiar o emblema freamundense.
Diversidade vai fazer a diferença no futuro do SC Freamunde
Para o presidente do SC Freamunde, o objetivo da iniciativa foi assinalar a data de uma forma diferente nestes “tempos atípicos”, enquanto se reconhece “as pessoas valiosas” que já fazem parte da história do clube.
“Tem sido doloroso o percurso até hoje, apanhamos não só a crise do futebol herdada, mas também a crise da covid-19. A falta de apoios demonstra que o futebol amador é considerado uma brincadeira e que temos de ser nós a assegurar o futuro do clube”, afirmou o dirigente.
Assim, tendo em conta o ano atípico que o futebol distrital atravessa, sem adeptos há quase um ano e com os impactos financeiros advindos da falta de bilheteira e menos apoios, foi necessário “fazer uma série de reinvenções”, de forma a aproximar os sócios do clube e equilibrar as contas.
“É evidente que ainda falta muito para chegarmos lá, mas com a energia injetada no clube vamos conseguir recuperar algum do tempo perdido e criar o fluxo financeiro necessário para o Freamunde ser sustentável”, garantiu Hernâni Cardoso.
Para o presidente do SC Freamunde, no futuro, o segredo para a continuidade do clube vai passar pela diversidade e pela aposta em novas modalidades, para conseguir alcançar e atrair mais pessoas, nomeadamente jovens. “Se o Freamunde for só futebol, seria muito difícil de aguentar”, afirmou.
O presidente relembrou as recentes apostas no bilhar, atletismo e no BTT, anunciando ainda a possibilidade de, num futuro próximo, o Complexo Desportivo do SC Freamunde poder vir a integrar um campo de futebol de praia e campos de ténis.
“Temos um grande Complexo e precisamos de aproveitar este espaço. É um crime se não apostarmos em novos projetos, o Freamunde tem de estar ao serviço da comunidade e atrair jovens de todo o Vale do Sousa”, considerou.