O projeto “Cuidadores do Património”, da Rota do Românico, é um dos grandes vencedores do concurso “Histórias do Património Europeu 2020”. Desta vez, não foram os monumentos da Rota os premiados, mas aqueles que dia após dia cuidam e “mantêm vivos” séculos de história.
A Rota decidiu apostar e fazer uma “ode” aos 44 cuidadores de património que estimam as diversas capelas, igrejas e mosteiros que a integram. “Pessoas que, orgulhosamente, guardam, vigiam e partilham as histórias do seu monumento, num verdadeiro compromisso de vida, pessoal e familiar”, lê-se no comunicado enviado às redações.
E a ideia já deu frutos, ao ficar entre os 11 vencedores do concurso promovido pelo Conselho da Europa e pela Comissão Europeia.
Agora, até março do próximo ano, vão ser dinamizadas atividades, como encontros, reportagens e publicações, para divulgar “o papel de todos aqueles que, de forma apaixonada, asseguram a abertura, a proteção e a divulgação do património cultural da Rota do Românico”.
Assim, a região, o país e a Europa vão ficar a conhecer estes cuidadores e as suas histórias, como a da Dona Rosinha, que zela há 44 anos pela igreja do antigo Mosteiro de Travanca, em Amarante, ou a Dona Maria Odete e a sua irmã, que fazem o mesmo há mais de 14 anos na Capela de Fandinhães, no Marco de Canaveses.
O concurso “Histórias do Património Europeu”, que se realiza há dois anos, “reúne testemunhos de cidadãos e comunidades com a missão de aumentar o conhecimento da herança cultural da Europa, reforçando o sentimento de pertença a um espaço europeu comum”.