O Tribunal da Relação do Porto reduziu em três anos e meio, a pena de 25 anos de prisão aplicada a Cláudio Pereira, o jovem de 17 anos que, em maio do ano passado, matou a tiro Diogo Pereira, de 26 anos, no interior da casa de banho do bar Praxe, em Paredes.
Para os juízes desembargadores, não restam dúvidas de que Cláudio Pereira foi o autor dos disparos fatais que atingiram Diogo Pereira, depois de se terem cruzado na casa de banho daquele estabelecimento de diversão noturna, sem que tivessem tido qualquer tipo de altercação que justificasse o homicídio.
Dúvidas também não restaram de que foi Claúdio Pereira que, na mesma noite, disparou ainda contra um amigo de Diogo Pereira, que ficou ferido com gravidade.
Cláudio Pereira foi condenado, em primeira instância pelo Tribunal de Penafiel, à pena máxima por um crime de homicídio qualificado, por um outro na forma tentada e pelos crimes de posse de arma proibida e roubo qualificado na forma tentada e recorreu da decisão para o Tribunal da Relação do Porto que agora se vem pronunciar, reduzindo a pena para 21 anos e seis meses de prisão.
Para esta decisão da Relação, pesou a idade de Cláudio Pereira – 17 anos – quando cometeu o crime. “Condenar um jovem de 17 anos a 25 anos de cadeia – muito mais do dobro do seu tempo de vida é claramente arredá-lo da sociedade e impedir que algum dia possa estar ressocializado”, pode ler-se a decisão do Tribunal da Relação do Porto.
Pesou ainda o facto de Claúdio Pereira – que durante o julgamento afirmou não de lembrar do que aconteceu na noite do crime, já que tinha bebido muito álcool e inalado balões de óxido nitroso – ter cometido os crimes todos mesma noite, o que não revela por si só uma tendência criminosa por parte do arguido, que não tinha cadastro.