Quintnadona

Foi inaugurado, no passado dia 25 de abril, na Aldeia Preservada de Quintandona, o Centro Rural e Pedagógico de Quintandona, um novo espaço dedicado à valorização do mundo rural, da educação ambiental e da aprendizagem ativa, pensado para todo o meio e comunidade.

Na inauguração deste novo espaço, que surge como resposta à necessidade crescente de reconectar as pessoas com a natureza, os costumes e os saberes tradicionais, Belmiro Barbosa, Presidente da Direção da CasaXiné, recordou o caminho iniciado em 2005 pela preservação da aldeia de Quintandona, dos seus costumes, tradições e gastronomia, e que prossegue até hoje, fazendo com que a aldeia seja hoje ponto de passagem de mais de mil turistas por mês, dos quais, cerca de 200, são oriundos de países estrangeiros.

Dirigindo-se aos habitantes locais, agradeceu-lhes o entusiasmo que colocam nas iniciativas que realizam, sem as quais “não era possível o sucesso da nossa aldeia” e agradeceu ainda aos privados que ali têm investido.

Segundo o Presidente, o Centro Rural e Pedagógico de Quintandona nasce com o objetivo de valorizar o mundo rural, promover a partilha entre gerações de tradições e costumes, gastronomia e cultura, promovendo os produtos locais. O projeto que se “pretende afirmar como um ponto de encontro entre escolas e universidades, famílias e instituições e todos os que visitam Quintandona”, representou um investimento de cerca de 300 mil euros, dos quais 150 mil financiados por fundos comunitários, 25 mil pela Câmara Municipal de Penafiel e 125 mil euros angariados pela Associação CasaXiné, que “durante estes 20 anos foi juntando as suas poupanças e que agora investiu neste projeto”.

Presente na cerimónia esteve Alberto Santos, presidente da Assembleia Municipal de Penafiel, destacou a sua satisfação e orgulho por ver a conclusão do projeto, 20 anos depois de se ter dado início à recuperação da aldeia. “Ao longo destes 20 anos, esta aldeia tem sido um exemplo claro daquilo que é a afirmação do potencial da ruralidade dos nossos territórios e que podem estar ao serviço da população, do território, da economia, da cultura, do turismo, da gastronomia e, no fundo, do bem-estar das populações”.

Destacou ainda o reconhecimento que Quintandona teve ao longo destes anos, “uma preciosidade perdida e que se tinha preservado por estar pouco acessível”, que foi eleita, quando assumiu a liderança da autarquia, “como uma prioridade para o desenvolvimento da nossa terra e para a afirmação da ruralidade da nossa terra”. E, nesse caminho, contaram com o apoio da comunidade e de várias pessoas e investidores privados que acreditaram no potencial de Quintandona, e que levou a que permitiu a criação de uma dinâmica que reconheceu a aldeia como Aldeia preservada de referência a nível nacional.

No final, Alberto Santos deixou a notícia de que foi apresentada uma candidatura para que Aldeia Rural Preservada de Quintandona seja representante nacional a um projeto das Nações Unidas das Melhores Aldeias de Turismo. “Pela primeira vez em Portugal, houve uma aldeia que passou à primeira fase e foi a aldeia de Quintandona. E a partir de agora não sabemos onde isto vai chegar, mas só o facto de ser a primeira aldeia portuguesa que conseguiu passar para a fase da discussão dos prémios, é já um grande orgulho”, concluiu.

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