Fernando Gomes, Presidente da Federação Portuguesa de Futebol está de saída e já foi eleito Pedro Proença, que transita da Liga de Clubes. Será que vamos assistir a uma melhoria global, ou a um retrocesso? A fasquia está muito alta e o novo presidente vai ter de acrescentar coisas importantes, ou então vai cair nas vozes da oposição. Não haja dúvida que os últimos mandatos de Fernando Gomes merecem uma vénia. A Cidade do Futebol, andava nas gavetas e os arquitetos passaram anos a debater o que contruir e quando e onde construir. O Vale do Jamor é agora um local onde o futebol passou a ter o privilégio de ter infraestruturas adequadas, quer aos treinos, quer à existência de outros espaços que vieram beneficiar o enriquecimento de quem anda à volta deste fenómeno popular. No aspeto desportivo, as novas gerações não sabem o que é fazer contas na máquina de calcular, por cada vez que pretendíamos ir a uma fase final de um europeu ou mundial e agora apenas se exige o apuramento quanto mais rápido melhor e até quase sem derrotas. Campeões europeus era impensável há uma década e até a Liga das Nações foi estreada com uma vitória de Portugal. Os êxitos desportivos e as permanentes presenças em fases finais, teve como consequência a entrada de verbas avultadas de presenças e vitórias, o que veio e muito ajudar a que a FPF neste momento seja a maior instituição desportiva do país e respeitada por todo o mundo. Depois de tudo isto, o que falta fazer? Claro que há muito para fazer, mas tem de ser feito com critério e respeito por todos os clubes e seus dirigentes. O lóbi que Pedro Proença criou através dos clubes de futebol para vencer as eleições com 75% da votação, vai mais cedo, ou mais tarde ser cobrado pelos mesmos e só espero que o novo presidente não fique refém dos grandes clubes e que de uma vez por todas se preocupe em valorizar uma maior aproximação entre todos, para passarmos a ter campeonatos com melhor nível, onde os clubes terão melhores condições financeiras e só assim podermos valorizar o nosso futebol ainda mais a nível internacional. Que adianta termos os melhores se a nossa liga continua a estar fora dos “BIG FIVE”
