Realizou-se na tarde deste sábado um plenário de militantes do Partido Social-Democrata (PSD) de Penafiel, para aprovar o perfil do candidato da Coligação Penafiel Quer (PSD/CDS-PP) às eleições autárquicas deste ano.
A reunião decorreu num momento de alguma tensão no interior do partido, depois de Alberto Santos, apontado como o rosto de uma candidatura da coligação, ter aceitado um cargo no Governo, como Secretário de Estado da Cultura.
Tudo apontava para que Alberto Santos desse a cara por um projeto que já andava a ser trabalhado por militantes do partido em várias freguesias do concelho e que já tinha a aprovação – embora que ainda não oficializada – por parte da Comissão Política distrital.
Esta nomeação de Alberto Santos parece ter aberto portas para uma candidatura liderada por Pedro Cepeda – que recentemente, em conferência de imprensa, se mostrou disponível para ser candidato. Contudo, esta liderança parece não agradar a muitos dos militantes, em concreto aqueles que apoiaram Alberto Santos, e tal poderá abrir as portas a uma candidatura independente, que poderá vir a ser protagonizada por Susana Oliveira, ex-vereadora da Câmara Municipal de Penafiel, que deixou o cargo quando se agudizaram as divergências entre Alberto Santos e Antonino de Sousa, mais concretamente quando os dois disputaram a liderança da Comissão Política concelhia, disputa da qual saiu vencedor Alberto Santos.
Ao que o IMEDIATO apurou, a sessão decorreu de forma tranquila e foi aprovado os perfil dos candidatos para as próximas eleições autárquicas, perfil este que terá agora que ser ratificado pela Distrital. Posteriormente, serão apresentados os nomes dos candidatos e as Comissões políticas Distrital e Nacional terão novamente uma palavra a dizer.
Assim, na reunião deste sábado, o PSD de Penafiel definiu que os candidatos têm que ser “personalidades de reconhecido mérito no concelho e em cada uma das freguesias, “privilegiando o humanismo, a competência, a idoneidade e a credibilidade”, pode ler-se no documento a que o IMEDIATO teve acesso.
O candidato à Câmara Municipal deve ter ainda um comportamento pessoal, profissional e político orientado pelo espírito de missão e de serviço público, que seja militante do partido e pessoa capaz de mobilizar e unir o partido e a sociedade civil.
Além disso, entre outras, deve ter prestígio e ligações à comunidade local, assim como capacidade de liderança, espírito reformista e empreendedor.