O PSD de Paredes veio, em nota de imprensa, manifestar a sua preocupação com a segurança no concelho e sobre a situação “explosiva” que se vive no seio da Polícia Municipal. A Câmara Municipal nega todas as acusações e acusa o vereador da oposição de ter uma “mente deturpada”.
Segundo o comunicado dos social-democratas, em causa está o “elevado descontentamento” que se vive no seio da Polícia Municipal (PM) de Paredes, “que já pondera formas de luta, porque a situação, que circula nos corredores dos Paços do Concelho é explosiva”, devido ao facto de a autarquia alterar escalas de serviços aos Polícias Municipais, “de um dia para o outro”, provocando “alterações constantes na vida pessoal dos agentes”. Além disse, diz Ricardo Sousa, líder dos social-democratas, quando os elementos da Polícia Municipal estão de folga, “as chefias da câmara colocam-nos a cobrir outras folgas, para além de trabalharem aos sábados, domingos ou feriados sem receber quaisquer horas extraordinárias”.
Vereadores social-democratas abandonam reunião de Câmara
Depois do comunicado, o líder dos social-democratas levou o assunto a reunião de Câmara realizada esta quinta-feira. Ainda no período antes da ordem do dia, o líder social-democrata falou de segurança no concelho e perguntou a Alexandre Almeida se os Polícias Municipais ainda realizam o turno da noite.
Em resposta, o edil de Paredes, pediu a Jorge Madureira, coordenador da Polícia Municipal, para responder às acusações do líder da oposição, a quem acusou de difundir “mentiras inventadas”. “Sempre que você puser em causa o município, eu vou chamar o funcionário para responder”, referiu o autarca.
Jorge Madureira disse que “não é verdade” que se altere as escalas em cima da hora, assim como é mentira que o município não pague horas extraordinárias aos funcionários da Polícia Municipal.
Ricardo Costa já não ouviu as explicações. O líder social-democrata entendeu que “não faz sentido chamar um funcionário do município para refutar informações”, argumentou que na reunião de Câmara apenas devem intervir os vereadores e abandonou a sala, juntamente com a outra vereadora eleita.
“Mente, faz comunicados e foge quando se explica. O mais fácil é fugir”, acusou Alexandre Almeida.