As questões de segurança são uma das fragilidades do setor florestal. Melhorar a segurança para quem trabalha e circula na floresta é o objetivo das ações de formação em contexto laboral.
As operações florestais representam um risco relativamente elevado para quem opera diariamente com máquinas de toneladas, ou uma motosserra capaz de cortar o tronco de uma árvore em menos de um minuto. Melhorar a segurança de todos e evitar acidentes é o objetivo das ações de formação como a que a The Navigator Company desenvolve em contexto laboral, junto de parceiros, fornecedores, e outros agentes da floresta.
“São muito importantes estas parcerias entre indústria e fornecedores”, refere Pedro Pinto, sócio-gerente da Cortitrans – Sociedade de Madeiras e Transportes, uma empresa certificada que, por via disso, cumpre um código de boas práticas, “quer na execução dos trabalhos, quer na forma como nos apresentamos aos nossos clientes”.
As questões de segurança estão identificadas como uma das fragilidades do setor, pelo que, na sequência da colaboração que mantém com associações e grupos de certificação, a Navigator desenvolveu um programa de formações on the job, de boas práticas na instalação e exploração florestal, que nos últimos quatro anos já contou mais de 60 sessões e 700 formandos.
Principais medidas de segurança
“Os cuidados com a segurança e boas práticas têm sido um dos requisitos da certificação e estes procedimentos têm sido considerados pelos auditores como pontos a melhorar. Ao criarmos este programa com os grupos de certificação, percorremos todos os parceiros e garantimos que todos têm acesso à mesma informação”, afirma Susana Morais, uma das formadoras na área florestal da empresa papeleira.
Na atividade de exploração florestal, os primeiros alertas vão para a sinalização dos trabalhos. “Até uma folha de papel impressa com as palavras ‘PERIGO – Trabalhos florestais em curso’, pregada em várias árvores, desperta a atenção das pessoas que circulam na área”, refere aquela técnica. À boa sinalização dos trabalhos junta-se o uso obrigatório de todos os equipamentos de proteção individual e o cumprimento das distâncias de segurança. “Quem circula na floresta também é responsável por garantir a distância de quem está a trabalhar”, sublinha Susana Morais.
No campo da segurança também é preciso ter em conta as coimas para quem não cumpre as regras e o risco de os seguros não cobrirem situações de ilegalidade ou de falta de cuidado dos segurados. “Para além dos prejuízos para a saúde e a vida dos colaboradores, um acidente traz problemas para a própria rentabilidade da empresa, muitas delas pequenas empresas de base familiar”, adianta Luís Roxo, da consultora de certificação florestal CERNA.
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