Como efetivamente nunca será demais referenciarmos esta nova postura do país em relação à ferrovia, a conclusão de mais uma etapa do Plano Ferroviário Nacional demonstra, uma vez mais, a importância deste passo para o desenvolvimento do território.
A fase de auscultação pública deste plano terminou recentemente com mais de 300 contributos a assinalar, que advêm de entidades coletivas, associações, grupos de cidadãos e autarquias, mas esmagadoramente de manifestações individuais, o que revela o interesse suscitado no seio da nossa população.
Da totalidade dos 318 contributos, constam informações relativas ao reforço de serviços ferroviários em determinadas linhas ou estações, a proposta de novas linhas e ainda contributos de âmbito estratégico, nomeadamente sobre o posicionamento de Portugal nas cadeias logísticas globais e a relevância da ferrovia para as exportações.
A par destes registos, é de assinalar o modelo que foi adotado para alargar e reforçar a auscultação, numa lógica de proximidade, através das cinco sessões regionais que decorreram pelo continente, com a participação de representantes de todas as Comunidades Intermunicipais e Áreas Metropolitanas, para além de outras entidades locais e regionais.
Este esforço está secundado da elaboração de um conjunto de estudos de natureza técnica, ambiental e de sustentabilidade, que dotarão este período prévio de todos os elementos necessários para a viabilidade do projeto e para a sua valorização enquanto um dos mais importantes ativos dos tempos em que vivemos.
Os desenvolvimentos verificados surgem na mesma altura em que foi anunciado o Centro de Competências Ferroviário, uma organização que não só constituirá uma escola ferroviária, como será um agregador de parcerias, conhecimento e desenvolvimento, juntando a ciência e a indústria para encontrar melhores soluções.
É evidente a convicção de que estes passos, assentes na inovação, poderão ser o ponto de partida para o futuro comboio português, uma ambição renovada que nos faz acreditar que é possível ter mobilidade mais qualificada, transversal às diversas regiões do país, que permita de novo ligar as comunidades entre si e com o resto do mundo.
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