O Ponto C – Cultura e Criatividade, em Penafiel vai abrir as portas às artes com três dias de festa. De 27 a 29 de setembro, a nova sala de espetáculos da cidade, que foi inaugurada pelo Primeiro-ministro, Luís Montenegro, no passado dia 29 de agosto, vai acolher 24 propostas artísticas, em oito palcos, que vão juntar mais de 200 artistas em mais de 30 horas de espetáculos gratuitos.
“Estamos prontos para receber o público, em 24 propostas artísticas diferentes, que vão desde a música, ao teatro, à dança e ao circo, numa programação diversa que vai ocupar todos os espaços”, referiu Mónica Guerreiro, a diretora artística do Ponto C, na apresentação da programação daquele que será o ponto de encontro de todas as artes, que decorreu hoje, na “Casa da Caturra”, uma das salas que compõe o equipamento.
A anteceder os três dias de festa, a partir do dia 16, vão ser realizadas 24 visitas guiadas aos espaços do novo equipamento municipal, abertas à comunidade.
Para a temporada de 2024/2025, a programação do Ponto C será temática e vai assentar em três pilares: “Cultura de Comer e de Beber”, com obras que convidam à degustação, em jeito de celebração à volta da mesa; “Viagens na Minha Terra” que convidam o público a embarcar e visitar as culturas brasileira, argentina, caboverdiana ou estónia, sem sair de Penafiel; e “Igualdade, Liberdade, Sororidade” com propostas vinculadas com a causa dos direitos humanos e a conquista pela igualdade e a democracia.
Haverá música, teatro, exposições, circo, escultura, dança, ópera e conferências que trazem ao concelho artistas de renome internacional, assim como os mais destacados talentos de Penafiel e do Vale do Sousa. Maria Rueff e Joaquim Monchique, Rodrigo Amarante, Ruy de Carvalho, Aurea, Orquestra Sinfónica Portuguesa, são alguns dos artistas que vão subir ao palco do Ponto C, no último trimestre deste ano.
Projetado pelo arquiteto penafidelense Hélder de Carvalho, o Ponto C tem uma área total de 15 mil m2 e vários espaços com condições para acolher o melhor da criação artística local, nacional e internacional: um Auditório com capacidade para 400 pessoas, a Casa da Caturra com capacidade para 100 pessoas, amplos átrios, uma Cafetaria, a Sala Eurico, um Pátio, um Anfiteatro e jardins, para usufruir da vista sobre o vale verdejante do Rio Cavalum.
Acessível a todos, o Ponto C terá espetáculos com audiodescrição e interpretação em Língua Gestual Portuguesa. Haverá ainda o serviço de babysitting até aos seis anos, oficinas e sessões formativas, um clube dedicado ao pensamento artístico e um ciclo de encontros na Cafetaria, intitulado “ABC” (Arte, Bebidas & Conversas) sobre temas abordados na programação, com convidados ao longo de todo o ano, e formatos que podem ir do stand-up ao karaoke.
12 milhões de investimento
Na sessão de apresentação da programação do Ponto C, Antonino de Sousa, presidente da Câmara Municipal de Penafiel, acompanhado da diretora artística do Ponto C e da vereadora da Cultura, Daniela Oliveira, recordou que este projeto foi “um grande desafio”, e teve um “impacto muito significativo” nas contas municipais. O investimento rondou os 12 milhões de euros, dos quais mais de 50 por cento foram suportados com o orçamento municipal e os restantes captados no âmbito de um projeto de reabilitação urbana. “A Cultura não tem tido prioridade nos quadros comunitários de financiamento e continua a ser o parente pobre no que respeita a financiar equipamentos”, criticou o autarca, salientando que a sua concretização, pelo peso financeiro que representou, foi “uma decisão municipal, de fundo, bem pensada, porque sabíamos o impacto que ia ter no orçamento municipal”. Contudo, ressalvou “é um projeto muito feliz e qualquer cidade do país e do mundo gostava de ter um auditório como o nosso”.
