A Polícia Municipal de Paços de Ferreira anunciou 24 horas de greve para esta sexta-feira, dia 13 de dezembro, dia da Feira de Santa Luzia, conhecida como a Feira dos Capões, em Freamunde. Exigem mais elementos, horários definidos, com as respetivas folgas e dias de descanso e estipulados com antecedência. Queixam de falta de confiança na chefia, de mau ambiente no trabalho e de dificuldades de diálogo com a autarquia.
Segundo Pedro Oliveira, presidente do Sindicato Nacional das Polícias Municipais, este problema já se vem arrastando há vários meses e teve início aquando da nomeação da responsável pela Polícia Municipal, “uma comandante da Proteção Civil e não da Polícia Municipal”, sem “formação jurídica” e que não é um líder legal. Refere ainda que “a Polícia Municipal está a ser liderada por mensagem de telemóvel e por email”, e que os polícias municipais “não têm confiança na chefia, nem apoio no terreno”.
A isto acresce a escassez de elementos – são 12 atualmente, quando já foram 20, no passado, que obriga a horas extraordinárias, que leva à “prática ilegal de horários, referentes aos seus tempos de trabalho/descanso” e a “serviço extraordinário de horas extras desde junho pela prática abusiva de uso dos agentes em serviços extras sem respeitar o tempo necessário de planeamento de execução dos serviços e os períodos de descanso”, refere o Sindicato em nota de imprensa.
Ao Jornal IMEDIATO, Pedro Oliveira afirmou ainda que tem havido por parte da autarquia ausência de diálogo e “um total desinvestimento na Polícia Municipal”, com ameaças de que extinguirá o serviço. “Percebo que herdou problemas, mas a Polícia Municipal não tem culpa”, referiu.
Assim, a Polícia Municipal cumprirá um dia de greve esta sexta-feira, dia 13, no dia em que acontece a Feira dos Capões em Freamunde.
O Jornal IMEDIATO sabe que este processo ainda se encontra em negociações, pois o presidente do Sindicato deu nota de que foi feita uma proposta de alteração de horário por parte da autarquia, a qual não lhes parece a adequada. “O município não está disponível para negociar estes pontos, estava apenas disponível para fazer uma negociação de horário para trabalhar por turnos, desde que este horário esteja à disposição da Câmara para poder ser alterado em função dos eventos”.
Contatada a Câmara Municipal, fonte oficial da autarquia explicou que a Câmara aguarda a contraproposta que o Sindicato ficou de apresentar, conforme combinado na última reunião entre as partes.
Esta medida não afetará o normal funcionamento da Feira dos Capões, na medida em que o mesmo será assegurado pela GNR, à semelhança do que acontece todos os anos. Contudo, este ano, sem o apoio da Polícia Municipal.