Paulo Meneses, presidente do Futebol de Paços de Ferreira, disse ao Jornal IMEDIATO que “formalmente” ainda não teve conhecimento da carta enviada por um grupo de 40 sócios, ao presidente da Assembleia Geral do clube, a pedir a destituição da direção, assim como o congelamento de todas as negociações que estão a ser feitas com os potenciais investidores.
Contudo, assegurou, “a confirmar-se a informação do pedido, não compete à direção decidir sobre o pedido da realização da assembleia, porque isso é da competência da Assembleia Geral e tratam-se de órgãos independentes”.
Segundo o líder do clube da Capital do Móvel, caso esta situação se venha a confirmar “a direção irá refletir e tirará as necessárias consequências, sendo certo que, a confirmar-se esse pedido, os seus subscritores e todos aqueles que não tenho subscrito e tenham até incentivado ou promovido a subscrição, terão que se mostrar disponíveis para assumir a direção do FC Paços de Ferreira e não se esconderem atras de teclados ou chamadas comissões administrativas que para além de não serem previstas nem legais, demonstram um total desconhecimento quer dos estatutos, quer da própria lei, o que é, na minha opinião, preocupante que alguém com esse desconhecimento possa de forma completamente temerária, prejudicar gravemente o clube”.
Confrontado com este pedido de destituição da direção que lidera, Paulo Meneses mostrou-se tranquilo. “Se entenderem que devem ser convocadas eleições antecipadas, para os órgãos sociais do clube, nunca esta direção terá qualquer comportamento ou atuação que possa obstar a que isso mesmo suceda com maior rapidez possível. A direção tem espírito de missão, aceita a critica, nas nunca permitira, naquilo que se si depender, que sejam cometidas ilegalidades ou irresponsabilidades”, garantiu.
Negociações na fase final de encerramento
A carta assinada por 40 sócios do clube reflete a insatisfação dos mesmos relativamente à gestão desportiva e financeira, especialmente no que diz respeito à transição para a Sociedade Anónima Desportiva (SAD), aprovada em Assembleia Geral realizada em junho e à entrada do Celta de Vigo no capital do clube. Sobre esta questão, Paulo Meneses afirmou desconhecer as razões que levaram Marián Mouriño, presidente do Celta de Vigo, a dizer recentemente que as negociações ainda estavam numa fase embrionária e garantiu que o processo está “na fase final de encerramento”. “O FC Paços de Ferreira está em negociações há meses, com análises de contrato e termos de negócios e está neste momento na fase de discussão dos contratos definitivos, que ainda esta semana chegaram à posse do FC Paços de Ferreira”, explicou, garantindo aos associados “que têm havido reuniões sucessivas, que levaram a que esta semana tivesse chegado á posse da direção uma versão do contrato final, que levará ao desfecho de concretização ou não do negócio”.
“Esta direção nunca fará nenhum negócio que possa prejudicar no essencial o mandato conferido na Assembleia Extraordinária de junho. E dai o tempo demorou”, concluiu.