A Polícia Judiciária (PJ) anunciou esta quinta-feira a realização de uma grande operação policial de combate à fraude na obtenção de subsídio, fraude fiscal qualificada e branqueamento. Mais de 30 buscas aconteceram em nove concelhos, um deles Paredes.
Em comunicado, aquela força policial adiantou que foram cumpridos 34 mandados de busca, nove em residências e 23 em empresas e gabinetes de contabilidade, nos concelhos do Porto, Gondomar, Paredes, Oliveira de Azeméis, Aveiro, Espinho, Leiria, Marinha Grande e Lisboa.
E, durante a operação, foi apreendida “documentação diversa e acervo informático relativo à prática dos factos, maquinaria diversa e viaturas automóveis”, adiantou a PJ.
Segundo o que a autoridade policial conhece até ao momento, está em causa “o uso e emissão de faturação fictícia”, com a multiplicação de montantes e simulação de operações em vários “operadores económicos” da metalomecânica que agiam concertados entre si para conseguirem subsídios e dedução de gastos fiscais.
“Em causa estão apoios comunitários concedidos no âmbito do QREN (Quadro de Referência Estratégico Nacional) e Portugal2020, projetos que dizem respeito aos anos de 2014 a 2017, com um total global de incentivos atribuídos na ordem dos quatro milhões e setecentos mil euros”, lê-se na nota publicada na página da PJ.
Em termos fiscais, o grupo sob a mira da autoridade terá tido, ainda, uma vantagem patrimonial ilegítima de cerca de 1.2 milhões de euros em sede de IVA de 1.1 milhões de euros de IRC.
A operação aconteceu devido a três diferentes inquéritos titulados pelo Ministério Público – Departamento de Investigação e Ação Penal de Paredes (Porto-Este) e envolveu cerca de 70 inspetores da PJ, 14 da Autoridade Tributária e peritos informáticos.