Humberto Brito, presidente da Câmara Municipal de Paços de Ferreira, disponibilizou, esta semana, a Equipa Multidisciplinar de Acompanhamento (EMA), criada pela autarquia em novembro do ano passado para a realização de inquéritos epidemiológicos, à Administração Regional de Saúde (ARS) do Norte.
Segundo uma nota da autarquia, o objetivo é que “outras Unidades de Saúde Pública do país que possam estar a ter algumas dificuldades em gerir a sua situação no momento presente, possam usufruir deste equipamento e desta equipa”.
O autarca de Paços de Ferreira disponibilizou ainda técnicos municipais para “formar e dar ferramentas a outros que, também, necessitem” e disponibilizou uma equipa de colaboradores para apoiar outras USP do país.
Citado na nota de imprensa, Humberto Brito considera que na altura do pico da pandemia no concelho, “Paços de Ferreira necessitava deste tipo de solidariedade que teria dado algumas vantagens quando esteve no epicentro da pandemia”, realçando que “esta disponibilização segue juntamente, apenas e só, com a humildade de quem já viveu situações que não quer que outros as vivam”.
O objetivo inicial da equipa era apoiar o contacto a casos positivos de covid-19 “para recolha de informação e necessidades”, sendo que, posteriormente com um sistema informático, foi possível entrar em contacto com casos mais antigos e “recuperar o atraso” que se sentia.
“Na altura de maior incidência na nossa região, muitos dos nossos concidadãos não tinham sido contactados em tempo útil, por incapacidade das equipas da USP o fazerem, dada a quantidade de casos que existiam”, recordou o autarca.
EMA já contactou mais de 3.000 casos positivos em Paços de Ferreira
O comunicado indica ainda que a equipa de acompanhamento do município está, neste momento, a acompanhar “todos os casos positivos que surgem e a efetuar o acompanhamento e vigilância ativa dos contactos de alto risco”.
Desde novembro, foram contactados pela equipa mais de 3.000 casos positivos no concelho e ainda 300 contactos de risco.
“Isto permite que neste concelho, em conjunto com a equipa da USP, todos os inquéritos epidemiológicos sejam feitos no próprio dia, além de que, com o sistema assim implementado garante-se a testagem dos casos necessários nos primeiros 3 dias de isolamento e, através da parametrização dos telefonemas, a realização entre 7 a 14 chamadas com essas pessoas, acompanhando a sua evolução, ao dia”, lê-se na nota da autarquia de Paços de Ferreira.