Um empresário natural do concelho de Paços de Ferreira foi detido, na quarta-feira, pela polícia chilena no aeroporto Arturo Merino Benitez, em Santiago. Era procurado pela Interpol pela introdução de “elementos explosivos” no Líbano que causaram a grande explosão que aconteceu no porto de Beirute, em 2020, que causou mais de 200 mortos e 6.500 feridos.
Jorge Moreira foi intercetado pela Polícia de Investigação do Chile ao aterrar no país e foi reencaminhado pelas autoridades policiais para Madrid, cidade de onde partiu o voo, na sequência de um alerta internacional lançado pela Interpol.
Após a sua chegada à capital espanhola inicou-se o processo de extradição, sendo que, enquanto aguarda a formação do processo, o arguido foi libertado provisoriamente com medidas cautelares impostas pela procuradoria-geral. Até ao final do processo, que tem de receber aprovação do Governo espanhol, Jorge Moreira fica impedido de sair de Espanha, obrigado a comparecer todas as semanas num tribunal e de entregar o seu passaporte, indica a Agência Lusa.
O empresário pacense era procurado pela Interpol e pelas autoridades libanesas desde o ano passado por suspeitas de introdução de 2.700 toneladas de nitrato de amónio no Porto de Beirute, material que provocou a explosão que devastou várias zonas da capital libanesa, causando mais de 200 mortes e 6.500 feridos.
A Polícia Judiciária já tinha capturado o suspeito, mas o processo de extradição foi arquivado pela Relação do Porto devido à falta de envio da documentação necessária por parte das autoridades libanesas.