Oitenta por cento dos jovens alemães entre os 18 e 24 anos declararam achar que usam demasiado os telemóveis. Um quarto dos consumidores norte-americanos com menos de 30 anos “acredita que os smartphones tiveram um impacto negativo na sua saúde mental”.
É uma tendência para o regresso do ‘tijolo’? O telemóvel que apenas tem voz e mensagens escritas?
Pelo menos, reconhecem os inquiridos que “o stress causado pela constante ligação digital levou a um desejo crescente entre os consumidores de reverter para dispositivos mais antigos e menos avançados”. Um exemplo curioso: a compra destes telemóveis de tecnologia ultrapassada aumentaram no Canadá 25% entre 2022 e 2023.
Uma membro do Parlamento do Reino Unido e antiga professora, apresentou uma proposta ao primeiro-ministro britânico, onde realça “um crescimento relevante na falta de saúde mental entre os jovens desde 2010. É tempo de considerar banir as redes sociais e até mesmo os smartphones para menores de 16″, afirmou.
Mais de 30 mil pais de Navarra, Espanha, manifestaram-se para que os seus filhos apenas possam utilizar telemóveis com acesso à internet a partir dos 16 anos. A decisão tem a ver com o facto de “haver provas de que o uso de aparelhos móveis está associado a problemas psicológicos, a pior rendimento escolar, ao descalabro na compreensão da leitura”.
Dois novos estudos europeus revelaram que a utilização problemática do smartphone pelos adolescentes está associada à ansiedade, depressão e insónia.
Dá para pensar. E provavelmente agir.
Um destes dias ainda vemos os jovens a ler jornais e livros em papel…