Nuno Araújo vai deixar a presidente da Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo (APDL). O penafidelense não vai renovar o mandato e vai sair no final do ano. Ao Jornal IMEDIATO falou de uma “decisão difícil”, mas garantiu que sai “por razões pessoais, de alguém que quer regressar à vida privada”.
Depois de cinco anos de trabalho na APDL – três enquanto presidente e dois como vogal – Nuno Araújo vai sair no final do ano, não renovando aquele que foi o seu único mandato frente à presidência da APDL.
Ao Jornal IMEDIATO, Nuno Araújo disse que sai por “razões pessoais”, com “muita satisfação pelo sentimento de dever cumprido”, mas que entendeu ser o momento de regressar “à vida privada”.
“Saio satisfeito, por um lado, mas triste por outro. Foi uma decisão difícil, porque gosto da equipa da empresa, mas senti necessidade de dar este passo”, confidenciou.
Com um percurso de cinco anos na empresa, Nuno Araújo destaca o trabalho realizado e, em jeito de balanço, destaca a equipa que o acompanhou neste percurso. “É uma empresa que tem uma equipa extraordinária, que é do melhor em que já trabalhei, fora do vulgar para fazer face a alguns desafios que enfrentamos ao longo dos anos, apesar dos quais a APDL continua a ser capaz de responder às necessidades do setor, da região e do país”.
“Atendendo as coisas que aconteceram nos últimos anos, caso do encerramento da refinaria, da pandemia e da guerra, ter um porto que continuou a servir com os mesmos níveis de operacionalidade e qualidade é digno de registo”, acrescentou.
Numa perspetiva mais pessoal, do trabalho desenvolvido, Nuno Araújo dividiu-o em duas partes. “Uma parte foi para olhar para aquilo que foi o core de negócios e temos um conjunto de projetos em curso, que vão permitir aumentar, e muito, a capacidade de carga do Porto de Leixões”, garantiu, explicando que existem obras que vão ser essenciais para aumentar a competitividade do porto em termos europeus.
Além disso, defende, trata-se de uma empresa “liderantes na tecnologia”, que fez uma grande aposta em duas áreas, uma delas muito focada para a ferrovia, “um marco estratégico para a APDL” e, numa outra perspetiva, a energética, estando a empresa a preparar-se para ser autossuficiente e até para poder comercializar energia para outros setores”.
Recorde-se que Nuno Araújo foi empossado presidente da APDL em julho de 2020, após ter sido nomeado pelo Ministério das Infraestruturas e Habitação, liderado por Pedro Nuno Santos. Substituiu no cargo de presidente da APDL Guilhermina Rego, que tinha terminado o seu mandato em dezembro de 2019, mas que se manteve em funções até 30 de junho.