O Partido Social Democrata (PSD) de Paços de Ferreira “propõe uma ampla discussão para a designação do nome para o novo viaduto sobre o Rio Carvalhosa, que irá servir a cidade de Paços de Ferreira e o concelho”, obra que, por proposta do executivo socialista liderado por Humberto Brito, será designada de “Joaquim Sousa”, em homenagem ao vereador em funções que
“Não se pode permitir que a atual maioria PS continue com os seus tiques autocratas, querendo utilizar o dinheiro de todos nós para se auto-homenagearem”, referem em comunicado os social-democrata, acrescentando que “Paços de Ferreira não pode permitir tal atropelo aos mais elementares direitos democráticos e de saber estar na política e na vida”.
Considerando que “é inadmissível e incompreensível a falta de respeito pelas individualidades que fizeram a história do nosso concelho”, o PSD defende que “os nomes a serem propostos se devam basear em critérios, como nomes de individualidades com excecional relevo concelhio, regional, nacional ou até internacional, que sejam merecedoras desta distinção; ou designações de natureza histórica, económica, cultural e social, entre outras, que, por razões ligadas à nossa cidade e ao nosso concelho, mereçam ser evidenciadas”.
Assim, o PSD propõe que à ponte seja atribuído o nome de “Ponte Capital do Móvel”, “destacando assim a importância da indústria e do comércio do mobiliário no concelho” e propõe uma discussão pública e uma votação para se definir o nome a atribuir à ponte.
Para os socialistas, comunicado do PSD “demonstra o grau zero a que o PSD local chegou”
Após nota do PSD sobre o nome a atribuir à ponte que está a ser construída sobre o rio Carvalhosa, o Partido Socialista (PS) de Paços de Ferreira veio, também em comunicado, criticar a tomada de posição do maior partido da oposição no concelho, considerando que o documento por estes difundido “demonstra o grau zero a que o PSD local chegou”, considerando “notória a falta de orientação da atual liderança do PSD e a sua incapacidade para constituir uma alternativa credível à governação do Município”.
No documento, os socialistas criticam o facto o PSD não se ter pronunciado “há mais de 2 meses”, quando foi lançada a primeira pedra da obra e apresentado o nome e explicadas as razões para a sua atribuição e de vir agora, “do nada”, surgir um comunicado, “não sobre a obra, a sua importância ou eventuais alternativas, mas, pasme-se, o problema maior do nosso concelho nos dias de hoje é, para o PSD, o nome da futura ponte”.
Segundo os socialistas, o nome escolhido para a ponte “pretende homenagear o trabalho de um autarca, Joaquim Sousa, responsável pela pasta das finanças municipais, que, com um gigantesco esforço e uma dedicação sem precedentes, conseguiu tirar o Município da bancarrota sem onerar os cidadãos”.
Mais, acrescentam que esta recuperação foi alcançada sem aumentar impostos, com vários apoios sociais a serem atribuídos às famílias e com a realização de vários investimentos em todo o concelho. “E por muito que custe ao PSD local, esta recuperação financeira foi, a todos os títulos, exemplar, sem paralelo no país e com enormes impactos na vida de todos os cidadãos e empresas do nosso concelho”.
Criticam ainda o facto do PSD só agora alerte para a necessidade de critério no âmbito da toponímia, “quando não o fizeram durante décadas de governação”, acrescentando que “todos os critérios agora exigidos pelo PSD são integralmente cumpridos pelo homenageado, designadamente “individualidades com excecional relevo concelhio que sejam merecedoras desta distinção”.
“O problema do PSD é que, para além da orfandade que atravessa do ponto de vista ideológico e programático e de um crónico sectarismo, não consegue, 10 anos depois, assumir a responsabilidade por ter destruído as finanças e a credibilidade da Câmara Municipal”, referem os socialistas, acusando o PSD de ser “hoje um partido totalmente afastado da população e dos seus reais interesses”.