Segundo a Associação Portuguesa das Indústrias de Mobiliário e Afins (APIMA), denota-se uma contínua oscilação do volume de exportações, em resultado da evolução da pandemia da Covid-19 e das respetivas medidas de mitigação.
Esta associação agrega setores como o mobiliário, a colchoaria, os assentos e outras atividades complementares, que, no total anual, geraram 1,58 mil milhões de euros em vendas ao exterior, o que representa uma descida de 14% face a 2019.
Apesar de os primeiros dois meses do ano darem continuidade ao crescimento das exportações, os meses de confinamento de março, abril e maio assinalam-se com o decréscimo destes setores.
Recuperação da queda de volume de exportações deu-se no segundo semestre de 2020
Segundo a nota enviada, as empresas do cluster “souberam reinventar-se e apostaram em novos canais de venda, com um forte destaque para o digital”. Desta forma, através de plataformas internacionais e de um investimento em showrooms e stands virtuais, as empresas nacionais alcançaram novos públicos e recuperaram o principal exportador, França.
“Os resultados do segundo semestre de 2020 demonstram a dinâmica das empresas deste cluster, que, mesmo perante circunstâncias sem precedentes, lograram continuar a encontrar novos mercados, oportunidades e soluções”, afirma Joaquim Carneiro, presidente da APIMA.
Durante o segundo semestre do ano, a associação registou um ligeiro crescimento de exportações nos meses de julho, agosto e setembro, dada as oscilações face a 2019. Já em outubro, novembro e dezembro as descidas foram diminutas.
Apesar da queda das exportações, o presidente Joaquim Carneiro realça que “as crises são também oportunidades, e esta fileira é, hoje, mais dinâmica, flexível e moderna, quer a nível produtivo, quer na sua comunicação e imagem”.
Artigo editado por Ricardo Rodrigues