Site icon Imediato – Jornal Regional

Mais acidentes graves e feridos graves em acidentes ocorridos nos primeiros seis meses do ano

acidente

De janeiro a junho de 2024, foram registados 17.900 acidentes com vítimas, 220 vítimas mortais, 1.257 feridos graves e 20.795 feridos leves no Continente e nas Regiões Autónomas.

Em relação a 2019, ano de referência para monitorização das metas de redução do número de mortos e de feridos graves até 2030 fixadas pela Comissão Europeia e por Portugal – registaram-se no Continente e nas Regiões Autónomas menos 40 vítimas mortais (-15,4%) e menos 161 feridos leves (-0,8%). Contudo, apuraram-se mais 491 acidentes (+2,8%) e mais 96 feridos graves (+8,3%).

No Continente, registaram-se 17.154 acidentes com vítimas, dos quais resultaram 214 vítimas mortais, 1.184 feridos graves e 19.967 feridos leves, durante o período em análise.

Comparando com o período homólogo de 2014, a tendência crescente foi visível nos acidentes (+3.107; +22,1%), nas vítimas mortais (+7; +3,4%), nos feridos graves (+224; +26,0%) e nos feridos leves (+3.175; +18,9%). No entanto, registou-se uma diminuição no índice de gravidade de 15,3%, de 1,47 para 1,25.

Comparativamente ao período homólogo de 2019, registou-se uma diminuição nas vítimas mortais e nos feridos leves, com menos 12 vítimas mortais (-5,3%) e menos 119 feridos leves (-0,6%). Por outro lado, observou-se um aumento nos feridos graves e nos acidentes, com mais 136 feridos graves (+13,0%) e mais 486 acidentes (+2,9%). O índice de gravidade registou uma diminuição de 8,0%, de 1,36 para 1,25.

Face aos primeiros seis meses de 2023, registaram-se menos 19 vítimas mortais (-8,2%), e uma diminuição de 11,2% no índice de gravidade que reduziu de 1,41 para 1,25. Contudo, registaram-se mais 571 acidentes (+3,4%), mais 56 feridos graves (+5,0%) e mais 692 feridos leves (+3,6%). Deve salientar-se que, em comparação com 2023, observou-se em 2024 um aumento na circulação rodoviária, o que corresponde a um acréscimo no risco de acidentes, muito embora se tenha registado uma diminuição de 2,8% no consumo de combustível rodoviário, segundo dados da Direção-Geral de Energia e Geologia.

A colisão representou a natureza de acidente mais frequente no primeiro semestre de 2024, correspondendo a 52,9% dos acidentes, 41,1% das vítimas mortais e 45,8% dos feridos graves. Os despistes, que representaram 33,4% do total de acidentes, foram responsáveis por 43,5% das vítimas mortais.

No período em análise, o número de vítimas mortais dentro das localidades (124) foi superior ao apurado fora das localidades (90). Comparativamente a 2019 e a 2023, houve um aumento das vítimas mortais dentro das localidades (+14,8% e +9,7%, respetivamente). No entanto, a tendência foi decrescente fora das localidades (-23,7% face a 2019 e -25,0% face a 2023). O índice de gravidade dos acidentes fora das localidades ascendeu a 2,57 em 2024 (comparado a 3,47 em 2019 e 2023), enquanto dentro das localidades este índice situou-se em 0,91.

Quanto ao tipo de via, nos primeiros seis meses de 2024, 63,0% dos acidentes ocorreram em arruamentos, representando 35,0% das vítimas mortais (+7,1% e -3,8%, em relação aos períodos homólogos de 2019 e 2023, respetivamente) e 47,7% dos feridos graves. Nas estradas nacionais ocorreram 19,5% dos acidentes, com 35,0% das vítimas mortais (+15,4% e +5,6% face a 2019 e 2023, respetivamente) e 28,3% dos feridos graves. Nas autoestradas, registou-se uma redução de 7 vítimas mortais e 5 feridos graves em comparação com 2019. Em relação a 2023, observou-se um aumento de 1 vítima mortal, mas uma diminuição de 11 feridos graves.

Relativamente à categoria de utente, e considerando as vítimas mortais, 72,9% do total correspondiam a condutores, enquanto 15,4% eram peões e 11,7% passageiros. Em termos de variações homólogas, nas vítimas mortais, verificaram-se diminuições face a 2019 e 2023 nos passageiros (-26,5% e -19,4%, respetivamente), assim como -7,7% nos condutores face a 2023 e -10,8% nos peões face a 2019.

Em relação à categoria de veículo interveniente nos acidentes, os automóveis ligeiros corresponderam a 71,5% do total. Registou-se uma diminuição de 3,2% face ao primeiro semestre de 2019, mas um aumento de 4,0% relativamente a igual período de 2023. De salientar que se verificaram subidas significativas nos velocípedes (+49,2% face a 2019 e +2,9% comparando com 2023) e nos motociclos (+34,0% e +1,3% perante os mesmos anos). Destaca-se ainda a redução face aos períodos homólogos de 2019 e 2023 nos ciclomotores, com menos 32,4% e menos 8,3%, respetivamente.

Considerando as vítimas totais por categoria de veículo, verificou-se que, no período em análise, 53,7% do total de vítimas deslocava-se num veículo ligeiro (-7,9% e +5,1% face a 2019 e 2023, respetivamente), enquanto 21,4% circulava em motociclos (+34,4% e +1,0% face a 2019 e 2023, respetivamente) e 7,3% em velocípedes (+54,9% e +3,7% comparando com os mesmos anos). Salienta-se a descida de 8,2% nos peões vítimas face a 2019, apesar da subida de 7,4% face a 2023.

Nos seis primeiros meses do ano, 50,5% do número de vítimas mortais registou-se na rede rodoviária sob a responsabilidade das seguintes entidades gestoras de via: Infraestruturas de Portugal (37,9%), Brisa (3,7%), Ascendi (2,8%), Município das Caldas da Rainha (2,3%) e a Concessão Oeste e Municípios de Lisboa e Viseu (1,9%, cada). Verificou-se que 47,7% das vítimas mortais resultaram de acidentes nas vias da rede rodoviária nacional (9,8% na rede concessionada para além da IP), cabendo às vias sob gestão municipal a proporção de 52,3%.

Exit mobile version