Vários investimentos “estratégicos” para o Tâmega e Sousa integram o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) apresentado pelo Governo. Para a Comunidade Intermunicipal (CIM) do Tâmega e Sousa, estas são revindicações antigas da região e a inclusão vai permitir “acelerar a sua concretização”, com execução prevista até 2026.
“Estes investimentos correspondem a reivindicações da CIM do Tâmega e Sousa e dos seus municípios e alguns deles estavam já previstos no Programa Nacional de Investimentos 2030 (PNI 2030). A sua inclusão no PRR vai permitir acelerar a sua concretização e constituirá um dos maiores investimentos em infraestruturas rodoviárias na região”, considerou a entidade.
IC35 até 2026
Entre os projetos incluídos está a construção do IC35, que vai ligar Penafiel a Entre-os-Rios. O projeto já foi adjudicado há um ano, mas ainda não saiu do papel, aguardando cabimentação por parte do Ministério das Finanças.
O primeiro troço do IC35, um investimento de 5,5 milhões para a construção de um troço com três quilómetros de extensão entre a cidade de Penafiel e Rans, tinha início das obras previsto até ao verão do ano passado.
É o primeiro passo de um projeto que contempla, na totalidade, uma via com 12 quilómetros entre Penafiel e Entre-os-Rios. O IC35 é assumido como uma alternativa à EN106, uma estrada com bastante fluxo de trânsito e elevados níveis de sinistralidade.
É “um dos maiores investimentos em infraestruturas rodoviárias na região”, considera CIM
O plano do Governo, frequentemente apelidado de “bazuca” europeia, contempla, no total, cerca de 14 mil milhões de euros de subvenções. Além do IC35, inclui mais projetos nos municípios do Tâmega e Sousa: a ligação de Baião à Ponte da Ermida, construção da variante à EN211, de Quintã (Marco de Canaveses) a Mesquinhata (Baião), com ligação ao concelho de Cinfães, e a construção da variante à EN210, de Celorico de Basto à A7.
“Estas intervenções visam organizar e gerir melhor o tráfego rodoviário, retirando veículos das áreas urbanas e canalizando-o para corredores de tráfico rápido, com melhores condições de segurança, assim causando menos impactos a nível ambiental, mas também minorar os impactos negativos que a ausência destas ligações tem provocado na rede rodoviária da região e, consequentemente, nos agentes económicos, em especial na competitividade das empresas”, explicou a CIM do Tâmega e Sousa, em comunicado.
Somam-se ainda a construção da ligação da Zona Industrial de Cabeça de Porca (Felgueiras) à A11 e a melhoria das acessibilidades à Área de Localização Empresarial de Lavagueiras (Castelo de Paiva).