Em artigo de opinião publicado esta segunda-feira no Jornal de Notícias, o presidente da Câmara Municipal de Paços de Ferreira reivindica que as cerca de 20 casas do «Bairro da Cadeia» que estão em estado de degradação ou devolutas “passem para a esfera municipal” de forma a que a autarquia “as recupere e disponibilize à comunidade”. As habitações estatais foram construídas para acomodação dos funcionários do Estabelecimento Prisional de Paços de Ferreira, que foi inaugurado a 28 de setembro de 1957, então como Cadeia Central do Norte.
No referido artigo, Humberto Brito aborda a questão da habitação no município de Paços de Ferreira, referindo que estão licenciados ou em processo de licenciamento cerca de 700 novos apartamentos, a que se junta “a construção de 60 novos fogos, a custos controlados, em Freamunde”.
Entre as medidas que estão em curso no concelho para minorar a questão da habitação, que assumiu dimensão nacional face à crise no setor que levou o governo a tomar medidas de proteção e apoio às rendas, está a criação de condições para que proprietários “transformem áreas de exposição e mobiliário em apartamentos; a isenção dos jovens até aos 35 anos do pagamento de taxas urbanísticas para construção de habitação própria e a oferta do projeto de arquitetura”.
Mesmo assim, o presidente da autarquia pacense queixa-se da burocracia que envolve cada tentativa de contato com o poder central. “O centralismo é uma evidência, cada vez mais complexa. Salvo raras e honrosas exceções, cada pedido de audiência em Lisboa demora uma eternidade a ser respondido”, lamentou-se no referido artigo.
