Humberto Brito, presidente da Câmara Municipal de Paços de Ferreira, disse aos jornalistas, após as buscas realizadas, que está “de consciência tranquila sobre o trabalho feito, empenhadíssimos em prestar todas as informações, de cabeça erguida, a dizer isto à população de Paços de Ferreira, que não temos nada para esconder e continuaremos a trabalhar para servir os interesses da nossa comunidade”.
O autarca referiu ainda que a autarquia prestou “toda a colaboração necessária” às entidades envolvidas na operação, “procurando demonstrar que o trabalho da Câmara Municipal é um trabalho que nos deixa de consciência tranquila, porque tudo fizemos, durante este tempo e durante os dez anos que aqui estou para resolver este problema”.
Alvo de buscas na sua casa, Humberto Brito considerou que tal ação “foi uma recolha de documentação injustificada, nomeadamente no domicílio”, por se tratar de uma investigação a um crime de poluição. “Trata-se da recolha de documentação e de amostras relativamente à poluição. E creio que nessa medida houve aqui algumas diligências que considero injustificadas”, acrescentou.
Garantindo que a Câmara Municipal está “empenhada em esclarecer todos os factos e não haver dúvidas para quem quer que seja”, Humberto Brito recordou a ação judicial que a autarquia intentou contra o projetista, contra o empreiteiro e contra a empresa que é austríaca que vendeu a tecnologia “no âmbito de um concurso público internacional e que teve o parecer de várias entidades, nomeadamente do Tribunal de contas”. “E por isso é que estamos a prosseguir o nosso caminho e a apurar responsabilidades daqueles que efetivamente falharam neste processo e diligenciar no sentido de esclarecer o que houver a esclarecer por parte das entidades judiciais, considerando que houve aqui alguma volumetria que consideramos injustificada, no número de agentes que aqui estiveram”, concluiu.