O Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa inaugurou esta quarta-feira um Hospital de Dia hemato-oncológico, que vai permitir uma nova fase de tratamentos a doentes oncológicos.
O projeto começou há dois anos pelas mãos de uma equipa composta por quatro médicas (uma de Hematologia e três de Oncologia) e duas enfermeiras e foi posto em prática pela primeira vez, com a administração de tratamento oncológico a dois doentes.
“Vamos poder tratar doentes oncológicos da nossa área de atuação, evitando que tenham de se deslocar ao Porto. Já fazemos a parte de diagnóstico e a partir de agora, temos condições para fazer o tratamento, com imunoterapia, quimioterapia, com a vigilância necessária, em termos de análises e exames”, explicou Carolina Marini, médica hematologista.
O CHTS já está referenciado junto dos Centros de Saúde para poder acolher novos doentes e, no que concerne à parte oncológica, o projeto vai desenvolver-se “de forma faseada”. “Começamos nesta fase com o cancro da mama e depois, durante o próximo ano, vamos expandir, de forma a abranger as patologias mais frequentes”, referiu Iolanda Mendes, médica oncológica.
“Boas notícias”
As especialidades de Hematologia e Oncologia são novas especialidades no CHTS e ganharam agora uma nova importância, num dia que ficou marcado por outras “boas notícias” para o Hospital. “Este dia fica marcado como um passo em frente naquilo que é a nossa qualidade assistencial à população”, referiu Carlos Alberto Silva, presidente do Conselho de Administração do CHTS, dando nota de que além do arranque dos tratamentos oncológicos, o Hospital tem agora, pela primeira vez, a possibilidade de realizar ressonâncias magnéticas a doentes ventilados, “quando, há um ano, nem sequer tínhamos ressonância magnética”, referiu o presidente.
Esta quarta-feira, chegou ainda à unidade hospitalar um equipamento de angiografia, que vai dar apoio à cardiologia para exames de hemodinâmica, “mais um passo significativo no reforço da Cardiologia”, garantiu o presidente.
“Num cenário de grandes dificuldades que o SNS e o país têm vivido, há sinais muito positivos que é preciso passar à população para que saiba que estamos preocupados, no dia a dia, em dar uma resposta assistencial cada vez mais qualificada”, concluiu.