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Já é tempo de iniciar um comentário, ainda que breve, ao mundo quase louco que todos estamos a viver.

O que vemos e ouvimos é aproveitado para uma análise, mesmo ligeira, ao que todos sentimos. Permanentemente, em todos os dias da semana, damos conta dos múltiplos casos e casinhos que nos  surpreendem e que, mesmo que não queiramos, nos estão a perturbar… Deixei de querer perceber quem tem mais razão. Desisti de querer perceber quem, à partida, parece ter a razão mais relevante e deixei de me embrenhar nas histórias que me parecem mais compatíveis com a realidade. Com a verdade, também.

As histórias que se ouvem e contam parecem simples. São nomes que se ouvem e que são ou foram escolhidos ou convidados ou desafiados ou outra coisa qualquer para depois coordenarem departamentos que visaram estratégias mais ou menos adequadas ao desempenho de funções de direcção de uma coisa qualquer. Tudo gente muito capaz, muito isenta, muito preparada para desempenhar um qualquer cargo, seja ele qual for, no melhor lugar possível, de preferência.

Mesmo que queiramos passar à frente dos pormenores destas questões, é aqui que entram as várias explicações com aquela prodigiosa habilidade em manipular o espírito das leis que nos vão entretendo nos telejornais… E depois, ministros responsáveis e outros dirigentes, engendram discursos mais ou menos elaborados para convencer o público receptor, ouvintes mais ou menos curiosos, que são também mais ou menos capazes de serem convencidos… Assim, alguém que, afinal, não foi nomeada porque nem é directora… Alguém que coordena mas que, afinal, não dirige… E, com toda esta trapalhada esquisita, tenta-se declarar, com muito descaramento, que os políticos “experientes” que temos estão apenas a reflectir sobre a competência da mulher actual, moderna: os direitos de igualdade de mulheres e homens ou o papel de relevo que as mulheres conseguem na sociedade actual… Tudo, aparentemente muito natural, muito correcto neste tempo difícil que vivemos.

É claro que eu desejo a felicidade matrimonial de João Galamba, de Fernando Medina e outros, ou a felicidade política de todos os portugueses mas nem todos os que ouvem ou lêem são palermas… E muitos dos que ouvem e lêem sabem aplicar os seus direitos de escolha nos momentos do escrutínio eleitoral!

Não sei se é por acaso que estou a ler a longa biografia de Natália Correia, “O Dever de Deslumbrar”. Numa das primeiras cem páginas, a propósito da sua experiência, ela diz: “… Eu estou sempre a começar.” É isso mesmo! Não é possível aceitar tudo o que os políticos fazem actualmente, sem revolta. Ninguém coerente, hoje, pode confiar nesta gente que finge ser capaz e não vale quase nada… Ninguém que seja correcto e sensível, pode acreditar nas explicações loucas dos políticos que fingem ser capazes… e não são!

Há ainda algumas pessoas que acreditam. São poucas. Há ainda alguns supostos eleitores que suspeitam, vá lá saber-se porquê. E é aqui que entramos nas habilidades políticas de que os mais atentos já não querem ouvir falar…

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