De acordo com o presidente do Sport Clube de Freamunde, Hernâni Cardoso, o fisco vendeu um terreno doado ao clube pela Câmara Municipal de Paços de Ferreira (CMPF) a um investidor “omitindo que este apenas pode ter fins desportivos”.
Segundo o dirigente dos azuis e brancos, a doação aconteceu em 2012, com a limitação de que o clube apenas poderia usar o terreno de cerca de 8.000 metros quadrados, situado na parte poente do estádio, para fins desportivos.
Contudo, a anterior direção do clube freamundense colocou o terreno como garantia ao fisco para assegurar o Processo Especial de Revitalização (PER) e a negociação dos mais de dois milhões de euros de dívida acumulada.
“O fisco enganou o investidor, vendeu o terreno hipotecado por 60.000 euros e omitiu a limitação para uso desportivo”, denunciou Hernâni Cardoso, que considera que as Finanças e o município pacense deveriam ter avisado o comprador.
De acordo com o diretor do SC Freamunde, o investidor queria “lotear o terreno para vender e rentabilizar o investimento”, algo proibido pela limitação imposta pela Câmara Municipal no momento da doação.
Agora, o dirigente adiantou que o clube vai tentar negociar a situação com as entidades envolvidas “e apelar à razão”, algo que não conseguiu fazer previamente porque o clube tinha pendente a aprovação do PER.