As férias estão no seu arranque e os carros privados ou alugados para o efeito também estão alinhados ou já em marcha em direcção ao destino pensado e até sonhado. As estradas e auto pistas ganham movimento e estão bem conservadas ou em arranjo, embora perigosas caso ande ministro por elas em grande velocidade, pois há muito que o trânsito através delas tem diminuído por diversas razões.
Ora foi o covid, ora os combustíveis caros assim como as portagens, ora o desemprego que diminuiu ou desapareceu, mas há o subsídio generoso que esticado dará para tal fantasia. Os que ficam ou têm que permanecer sem o gozo que elas proporcionam e o Verão incerto que se apresenta, ainda são a maioria, e o cão mais o gato têm que ter quem os trate neste tempo de “abandono” e de tratamento habitual.
Fica dispendioso arranjar alojamento para os animais e mais fácil será então largá-los enquanto colocamos as bicicletas no tejadilho da viatura, e se crianças houver lá terão que se encaixar bem apertadas por entre a tralha que os entretém enquanto os pais após chegada, erguem castelos de areia e vão de balde na mão buscar água ao mar para as alegrar e deixarem de aborrecer.
O país não está assim tão mal afinal, excepto os mesmos de sempre que não saem dos bancos do “seu jardim público” ou da ramada que dá pouco, mas serve de sombra a custo zero, e servem a idade adequada dos utentes a postos sempre com data de consultas médicas amiíude. Então roncam os motores e as estradas vibram e fartas de esperar, bem como os restaurantes das bermas a convidar para a côdea.
É preciso também pensar pelo caminho em poupar algum, para dar uma folga maior no lugar onde o sol brilhará mais, e se se parar é para um pequeno almoço frugal e rápido, que as crianças passam bem com um chupa-chupa, gelado que seja. Para pagar estas pequenas contas, contam-se os trocos que foi-se depositando numa lata e que rapada agora já dá para este fim.
O que é preciso é garantir que não falhe o combustível e um bom almoço à chegada numa esplanada bem ordenada e avisada como manda a legalidade estatal. Passados os dias planeados, a pele tostada e vistosa, chega o tempo de regressar.
Repetem-se gestos, deveres e práticas nas manobras, e vira-se de direcção retomando a estrada, agora pelas antigas em mau estado, e para não pagar portagens que já não há dinheiro nem na lata nem no bolso. Espera-nos à chegada ao lar-doce-lar, o cão e o gato se por lá estiverem e não partiram do lugar, e se tratados foram na ausência dos donos.
Alimentados bem ou mal foram por certo, pois que lixo junto a contentores não falta e eles se serviram sem precisarem de guardanapos nem de certificado. São assim as “férias” de muitos portugueses, que dos outros andam lá pela estranja rica com boas condições e que dão outro gozo e mais “estórias” para contar aos amigos. Ainda bem!
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