Desde muito cedo que o gosto pela pintura se fez notar em Filipe Mendes. Natural de Penafiel, desde criança que começou a pegar em blocos e desenhar, paixão que se exacerbou quando foi para o secundário. “Vi que realmente a arte era o caminho a seguir”, referiu ao IMEDIATO o artista, que sempre se sentiu incentivado por colegas e professores. “E vi que estava a evoluir, então optei mesmo por essa área. Ao longo dos anos o gosto pela arte foi-se intensificando e agora não consigo desapegar-me da pintura”.
Defensor dos materiais “Old Fashioned”, Filipe Mendes dá primazia ao carvão, grafite, lápis de cor, a aguarela, pastel e óleo. “Tento fazer uma mistura nas minhas obras. Um dos traços que gosto de marcar as minhas obras é o uso da cor, cores brilhantes, a transmitir a mensagem que está na minha cabeça e quero passar para o papel”, explicou, acrescentando que vai beber da inspiração do renascimento e do barroco, tendo artistas como Leonardo Da Vinci, Miguel Ângelo, Rafael, Caravaggio por referência.
A par com a pintura, Filipe Mendes é também baixista da banda penafidelense Blueberries for Chemical. “A música veio depois. Foi uma epifania que tive a ouvir um concerto dos Red Hot Chili Peppers no Rock in Rio, em Lisboa em 2006. Literalmente. Vi esse concerto e o baixista tocou-me muito. Isso mexeu comigo e, a partir daí comprei um baixo e comecei a tocar. Hoje consigo conciliar as duas artes. Não é explícito, mas inconscientemente sei que está lá”, referiu, acrescentando que a ligação entre as duas artes se tem intensificado, estando empenhado em criar componentes sonoras para as suas exposições.
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