Há assuntos muito sérios, demasiado importantes e até bastante letais, que nos espantam e nos causam um nojo quase impossível de acreditar existir.
Os canais de TV nacionais, ou implantados no Território a irem para o ar, e entrar pela casa de cada um que a tenha apetrechada de tal caixa que mudou o mundo, que nos obrigam a reflectir a fundo ou do porquê da existência de tanto “servidor” que por lá surje convidada/o, a dedo, a comentar e a discorrer sobre a Guerra travada na euroásia, entre russos e ucranianos.
Para quem nasceu entre contentores da ignorância, como é o meu caso, pasmo ao ver todos os dias os especialistas em questões Internacionais com Formação nas áreas bélicas e especialistas Superiores, Académicos de outro calibre, até então desconhecido, que perguntamos por onde andaram aquando nós com a G3 às costas no mato e envoltos no capim africano íamos morrendo trespassados pelas balas que não diferem muito das que se usam na dolorosa guerra actual lá longe e que a querem que seja nossa também, e até nos juntaram por ordens dos que mandam no planeta intoxicado de lixo. Os Senhores do Mundo que ganham rios de dinheiro, e dão trabalho aos coveiros e funerárias e lágrimas tantas que enchem barragens como as que por cá temos bem secas. Para os alegrar e às suas famílias, lá lhes colocam umas medalhas no peito e uma bandeira para exibirem na porta do herói retalhado e já sem préstimo.
As Guerras são feitas de rios de dor. Para melhor a compreender, temos nos tais canais de TV, os convidados/Mestres das Universidades Internacionais para comentar e a explicar-nos os que surtem mais efeito, os avanços e recuos, as tácticas que surtem mais e melhor efeito no inimigo que também as lança ou dispara com eficácia destrutiva.
Nunca pensei que éramos um país com tão elevado “batalhão”, de especialistas em tais questões militares e em armamento sofisticado, que me levam a recordar os meus colegas mortos no ex-ultramar sem terem ouvido a tempo essas ousadas opiniões sobre quem vai ou não vai perder o conflito lá onde ele se trava com as consequências sabidas apenas através de vozes agourentas e sob hipoteca. E ainda bem, que também por tais Canais, aparecem uns militares de Alta Patente a desmentir tanta asneira saída de livros académicos e idiotas sem farda, e postas no ar por “especialistas profes” que nunca viram um cano a fumegar e um gatilho a disparar sobre um coração que deixou de bater. Eu que fui atirador de tropa especial, só me resta aprender com elas e eles, e diminuir este pessimismo que me acompanha e afinar melhor o ponto de mira.
Agora que tomei partido,vou preferir ver e ouvir a Mariana Águas e o Octávio Machado do que ter de aturar as previsões estapafúrdias e confusas que saem lavradas a mando da NATO e da UE e dos Canais CNN que nos entra pela casa sem pudor e respeito pelas contrárias sensibilidades mas sofridas com experiência no corpo e na alma que o nazismo light de Rogeiros e Milhazes, introduz na Sociedade aburguesada e bem de vida!
