Francisco Valente, um dos fundadores do agrupamento 765 do Corpo Nacional de Escutas (CNE) de Seroa, faleceu na terça-feira com 84 anos. O seu funeral aconteceu esta quarta-feira de forma reservada devido à pandemia de coronavírus.
“É um nome que, para quem foi ou é escuteiro do agrupamento de Seroa, será sempre recordado com um sorriso nos lábios”, partilhou com o IMEDIATO Mónica Jesus, chefe do agrupamento.
Segundo a líder dos escuteiros de Seroa, o “Chefe Francisco”, como era conhecido na freguesia, era “um homem sereno, com uma humildade e bondade exemplares” que, “na impossibilidade de ter filhos, fez de todos os escuteiros de Seroa os seus”.
De acordo com Mónica Jesus, Francisco Valente “instruiu muitos jovens a deixar o mundo um pouco melhor do que o encontraram e ensinou acima de tudo o significado da palavra solidariedade”.
Sendo um dos fundadores do agrupamento 765, o primeiro no concelho, estava ligado ao escutismo há 36 anos e cumpriu os seus dois sonhos na área: criar uma fanfarra e ter em Seroa um campo escutista.
“De uma sensibilidade tamanha, com um coração repleto de amor, foi também durante muitos anos um criador de laços afetivos com crianças, jovens e adultos da Obra Social Cultural Sílvia Cardoso. Deixou um rasto de carinho por onde passou e com quem travou algum tipo de relação”, contou Mónica Jesus.
Contudo, aos olhos da líder dos escuteiros de Seroa, a atual situação do país impediu “uma despedida como tanto merecia, rodeado por todos os que lhe queriam bem e que gostariam de o homenagear”
Ainda assim, afirma que “será sempre recordado, pois deixou em todos um pedacinho dele”.
Também a Junta de Freguesia de Seroa deixou o seu pesar pelo falecimento de Francisco Valente, referindo que sempre “pautou a sua vida pela honra e dedicação ao trabalho e ao escutismo, onde a sua notoriedade e contributo mais se fizeram sentir em prol da comunidade escutista, em particular, e dos seroenses, em geral”.