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Empresa no Canadá quer extrair ouro em Penafiel, Paredes e Gondomar

ouro

Uma empresa do Canadá pretende extrair ouro, entre outros minérios, em Gondomar, Paredes e Penafiel, numa área de cerca de 70 quilómetros quadrados. O processo, que segundo o portal Participa.pt, está em consulta pública até ao dia 27 de dezembro, mereceu parecer negativo dos municípios de Gondomar e Paredes.

A consulta pública visa a atribuição de direitos de prospeção e pesquisa de depósitos minerais de ouro, prata, antimónio, cobre, chumbo, zinco e minerais numa área designada por “Valongo”, a cargo da empresa Globex Mining Enterprises Inc, com sede em Toronto, que pretende trabalhar nos concelhos de Penafiel, Paredes e Gondomar, abrangendo as freguesias de Rio Mau, Canelas, Capela, Fonte Arcada, Paço de Sousa, Parada de Todeia, Sebolido, Lagares e Figueira, Aguiar de Sousa, Sobreira e União das freguesias de Melres e Medas e Foz do Sousa e Covelo, lê-se no edital da Direção-Geral de Energia a Geologia publicado pelo Parque das Serras do Porto.

Segundo o portal, a consulta prévia foi feita em 2022 e mereceu parecer favorável da Câmara Municipal de Penafiel, “desde que salvaguardadas todas as recomendações de boas práticas para os trabalhos de prospeção e pesquisa”.

Paredes e Valongo deram um parecer negativo. Paredes invocou “informações técnicas emitidas pela Divisão de Planeamento e Gestão Urbanística e pelo Pelouro da Cultura” e Gondomar pede o “respetivo Plano de Lavra que permita inferir numa primeira instância o impacto de concessão”, para alterar a sua posição desfavorável.

Também o município de Valongo entende que “não se justifica atribuir novos direitos de prospeção pesquisa para um território onde o tema da exploração mineira dos depósitos minerais referidos está enquadrado pelo município e é percecionado pela população como integrante do património cultural, nomeadamente arqueológico”.

Já o Ministério da Agricultura e da Alimentação, alertou para a área de intervenção onde vai incidir a extração, em parte sobre a Reserva Agrícola Nacional, chamou a atenção para o facto de a área de estudo do projeto “intercetar em toda a sua extensão a Região Demarcada dos Vinhos Verdes”, bem como foram identificados em Campo, Valongo, “cinco regadios tradicionais”.

A Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte, assinalou, no âmbito da sua competência na gestão da Rede Ecológica Nacional, que “o pedido de prospeção deve ser precedido de comunicação prévia, nos termos previstos no Regime Jurídico da Reserva Ecológica Nacional, observando-se, desde já, a proibição de realização deste tipo de ações de prospeção e pesquisa nas tipologias albufeiras (rio Douro, em Gondomar), escarpas e faixas de proteção”.

A empresa irá realizar, em cada município e freguesias abrangidas, concluído o período de consulta pública, pelo menos uma sessão pública de esclarecimento dirigida às populações dos territórios abrangidos.

 

 

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