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Alfredo Suarez, o jovem de 17 anos que em junho do ano passado agrediu com um ferro um professor na Escola Básica 2,3 de Lagares, em Felgueiras, foi condenado esta quinta-feira, pelo Tribunal de Penafiel, a uma pensa de dois anos e nove meses de prisão, suspensa durante cinco anos.

Para o Tribunal, ficou provado que no dia 5 de junho de 2023, Alfredo Suarez agrediu o professor na cabeça, braços e pernas com um ferro, só não lhe tendo tirado a vida por ter sido impedido por uma funcionária da escola.

O tribunal valorou a confissão do jovem, embora que “parcial”, visto ter garantido que não era sua intenção matar o professor, assim como o pedido de desculpas público que fez ao professor. Foi tido ainda em conta o facto de este ter manifestado arrependimento, assim como o depoimento do professor, que perdoou a atitude do jovem.

Assim Alfredo Suarez foi condenado pelo crime de homicídio qualificado, na forma tentada a uma pena de dois anos e nove meses de prisão, suspensa por um período de cinco anos. O jovem, que beneficiou de várias atenuantes na medida da pena, nomeadamente o regime especial para jovens e o facto de sofrer de desenvolvimento cognitivo abaixo da média, ficou ainda obrigado a receber tratamento psicológico e psiquiátrico.

“Estes factos são muito graves, sobretudo em ambiente de escola”, referiu o juiz presidente que julgou o processo, alertando o arguido de que o seu baixo desenvolvimento cognitivo “não é desculpa para tudo”. “Vai ter uma espada sobre a cabeça até aos 22 anos”, concluiu o magistrado.

Recorde-se que a agressão ocorreu no dia 5 de junho de 2023, na Escola Básica de Lagares, em Felgueiras, quando Alfredo Suarez, então com 16 anos, atingiu o professor na cabeça, braços e pernas com um ferro, depois deste lhe ter dado conta de que ia apresentar queixa à direção da escola por este ter baixado as calças a um colega de turma, que sofre de autismo. Perante a ameaça de uma falta disciplinar, Alfredo Suarez agrediu o docente e fugiu. Entregou-se pouco depois e, após ser ouvido pelo juiz em primeiro interrogatório judicial, foi colocado em prisão domiciliária, com vigilância eletrónica.

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