A Associação Nacional de Dirigentes Escolares (ANDE) defende a implementação do registo misto de ensino, com aulas presenciais e à distância, nas regiões “em que a pandemia se descontrolou”. Para a associação, o Tâmega e Sousa está “no centro do furacão” da Covid-19.
Ao jornal Público, o presidente da associação, Manuel Pereira, afirmou que é urgente permitir que as escolas “das localidades com maior crescimento da pandemia funcionem, provisoriamente, no regime misto que organizaram para o presente ano letivo”.
E, no centro do “olho do furacão” da Covid-19 está, para o dirigente, a região do Tâmega e Sousa, onde a transição para o regime de coexistência de aulas presenciais e online “deve ser feita imediatamente”, a par com outras zonas “em que a pandemia se descontrolou”.
Contudo, o ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, já referiu publicamente que o encerramento das escolas é “a última decisão”, justificando que as aulas presenciais são essenciais para a aprendizagem e saúde física e mental dos alunos.
Tiago Brandão Rodrigues também considera que o número de casos positivos na comunidade escolar é ainda “relativamente pequeno”. Segundo a Federação Nacional de Professores (Fenprof), existem mais de 400 escolas com registo de casos positivos de Covid-19, a maioria ainda ativos.