Assinala-se este sábado o Dia Mundial da Cruz Vermelha e Crescente Vermelho. O IMEDIATO esteve à conversa com Joaquim Gomes, responsável pela Cruz Vermelha Portuguesa (CVP) de Frazão, sobre a missão da delegação, as dificuldades que atravessa e dos impactos da pandemia.
Diariamente, os cerca de 70 voluntários da delegação auxiliam a população local “em qualquer circunstância”, explicou Joaquim Gomes. Ainda que o principal foco seja, indiscutivelmente, o transporte de doentes, a delegação está ainda envolvida ainda em outras áreas, como a ação social ou educação.
Para o responsável pela delegação frazoense da Cruz Vermelha, enfrentam-se, contudo, várias dificuldades, com dois principais problemas: o recrutamento de voluntários e os “enormes” gastos, nomeadamente com equipamento e manutenção das ambulâncias utilizadas no transporte de utentes.
A pandemia de covid-19 veio agravar estes problemas, com a necessidade de aquisição de equipamento de proteção individual. Como estes materiais são de “usar e deitar fora, exige um investimento muito grande”, partilhou com o IMEDIATO Joaquim Gomes.
A situação atual “boicota” ainda uma importante fonte de rendimentos para a delegação da Cruz Vermelha de Frazão: as atividades de angariação de fundos, também vistas como uma forma de aproximar e abrir a entidade à população. “É impossível fazer isso, dificulta-nos a angariação de fundos, assim como, a aproximação com a comunidade”, explicou.
Com mente na pandemia, Joaquim Gomes deixou uma mensagem à população: “Nesta fase difícil que estamos a passar, facilitem o nosso trabalho e adotem comportamentos que nos ajudem a não ser precisos. Se as pessoas adotarem esses comportamentos vão minimizar o risco, vão ajudar a sociedade e também a nós”, finalizou o responsável pela delegação frazoense.
Artigo editado por Ricardo Rodrigues.