Esta quarta-feira de manhã, largas dezenas de empresários e funcionários dos setores da restauração e hotelaria de Paços de Ferreira realizaram uma marcha lenta até ao edifício da Câmara Municipal , onde colocaram cadeiras vazias, representando a falta de clientes que têm vindo a sentir desde o início da pandemia.
“Este protesto tem que ver com o nosso coração, que se sente revoltado por conta desta situação. Estamos a passar por momentos complicados na restauração e todas as áreas, ainda que tentemos sempre cumprir com tudo aquilo que está ao nosso alcance”, contou ao IMEDIATO Miguel Ribeiro, um dos organizadores da ação.
Depois de algum tempo em frente aos Paços do Concelho, os manifestantes foram recebidos pelo presidente da Câmara Municipal de Paços de Ferreira, Humberto Brito, a quem estão a apresentar as suas revindicações, que incluem medidas como a redução do IVA e TSU e o alargamento dos horários de funcionamento dos estabelecimentos.
Miguel Ribeiro, proprietário da Casa da Eira, adiantou ainda que vai ser enviada uma carta aberta, assinada pelos cerca de 100 estabelecimentos que aderiram ao protesto, às Juntas de Freguesia do concelho, bem como à Associação Empresarial de Paços de Ferreira, de forma a chegar ao Governo.
“Esperamos que da Câmara Municipal nos transmitam positividade e que vão passar às autoridades esta nossa insatisfação”, rematou.
“Fecha-se as portas e as contas continuam a vir?”
Entre as dezenas de protestantes em frente aos Paços do Concelho, estava José Meireles, que gere, juntamente com a esposa, o Café Fixe, na freguesia de Sanfins. Ao IMEDIATO, o proprietário do estabelecimento não escondeu a revolta com a situação em que se encontra.
“Já estivemos parados dois meses, agora temos de fechar às 22:00, não se pode trabalhar ao fim-de-semana. Mas a renda tem de se pagar, a eletricidade também. A casa está como se estivesse a funcionar, só não tem é as luzes acesas “, lamentou. Descubra mais na reportagem do IMEDIATO.