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Covid… blà, blà. Covid… blà, blá, blà, blà. Covid… blà. Covid… blà, blà, blà, blà…

Autor de: "eu" "Objetivo" "Eleito" "56" "Amarante" "Placa" "Fechado" "Crianças" "Radiante"; Pingo-Doce" "Obrigado" "Abragão"; "Droga", "Ciclistas"; "Calçada", “Isto é próprio de um país saloio(…)”,"Green” blá, blá, blá. “Clean”, blá, blá. “Healthy”, Blá blá, blá blá…

É assim quando ligo a TV para ver o telejornal… Quando ligo o rádio para ouvir as notícias… Quando abro um jornal à procura de informação… E ainda bem que o assunto é falado e escrito vezes sem conta!
Por um lado oiço ou leio os cientistas/epidemiologistas…
Oiço ou leio os políticos do panorama nacional…
Oiço ou leio os políticos do panorama regional…
Quando o telejornal/noticiários termina fico com a nítida sensação que só perdi tempo a ouvir os centristas/epidemiologistas.
Depois o que ouvi ou li dos políticos nacionais é que falam uns para os outros e para os comentadores… mas fomos nós que os elegemos lá para a distante Lisboa.

Sobram aqueles a quem deveria ter dado ouvidos em exclusivo. Falam de tudo e de nada com o mais completo dos conhecimentos. Mesmo daquilo que é ciência… eles discordam com cientistas/epidemiologistas como se “tivessem andado com eles na escola”… e assim deve ter sido. Nota-se perfeitamente que algumas localidades estão como estão porque não foi dado ouvidos aos seus autarcas.

 

Oiço autarcas onde o que quer que tenha sido feito, foi tudo errado… Em alguns casos acho que teriam previsto, lá num passado longínquo, que se deveria ter feito um hospital várias vezes maiores que o que temos… Quando oiço este tipo de observações lembro-me sempre de um qualquer campeonato de carater internacional de oquei em patins. Paços de Ferreira transbordava de gente… e uns quantos locais gritavam que o pavilhão deveria ter o dobro do tamanho… Os mais calmos questionavam: E o que se faz com o elefante quando terminar o torneio? A mesma pergunta faço eu, aqui mais como contribuinte: O que fazemos com o estádio de Aveiro? Há por aí mais algum elefante branco?

Oiço autarcas a dizerem que os hospitais se prepararam tarde… Sendo os autarcas tão sabedores do tema epidemia (basta ouvi-los nas rádios e TV’s) onde estavam “aos berros” há algum tempo atrás? Não me lembro de ter ouvido reclamações em junho e julho da urgência de preparar os hospitais… Se há dois ou três meses estavam tão seguros do que está a acontecer agora porque não “agarraram” em alguns autocarros e foram fazer-se ouvir em São Bento?

Será que os autarcas estiveram, estão e estarão à altura do que deles se espera…. Não são os autarcas que chamam a si, constantemente, a proximidade com as pessoas? E souberam ler os sinais? E puseram mãos à obra para que males maiores não chegassem a esses de que tanto gostam de dizer que “são próximos”?

Falar, falar, falar é sempre muito fácil… Difícil, difícil é fazer! Se estou seguro com a proximidade do meu autarca? … Sim, seguro da enormidade de taxas e taxinhas…Em que mais?

Falara, falar, falar é muito fácil… mas não é com “paleio” que se protegem as populações! Principalmente aquelas que, por proximidade, se conhecem! Porque não experimentam trocar “paleio” por esclarecimento? Populações mais esclarecidas são populações mais preparadas (claro que isso do “mais esclarecidas” pode ser feitiço que se vira contra o feiticeiro).

E é como diz o proverbio: Santos da porta (por melhor que seja o blà blà que tenham) não fazem milagres… E, naturalmente, também não se pede (ou não deveria) pedir milagres a ninguém. Mas de que é que adianta o discurso alarmista, o discurso do medo, o discurso do “bota a baixo”? A quem adianta? Não seria melhor concentrar energias a reforçar o ânimo das populações? Torna-las mais fortes? Prepara-las melhor para os imprevistos do que não conseguimos (ou não temos conseguido) controlar?

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