Nos primeiros meses do ano, vários incêndios deflagraram na região, mas são os concelhos de Paredes e Felgueiras que mais preocupam as autoridades. Entre 1 de janeiro e 9 de agosto, em Paredes registaram-se 405 ocorrências, tendo ardido uma área de mais de 285 hectares. Já em Felgueiras registaram-se 164 ocorrências, num total de 147 hectares de área ardida.
Nos restantes concelhos da região, embora a realidade dos incêndios seja uma constante nesta altura do ano, os números não são preocupantes e o dia-a-dia das corporações têm decorrido dentro da normalidade para as corporações.
Em Penafiel, “as ocorrências têm sido poucas”
Nas corporações de Penafiel, a situação está controlada, com ocorrências que têm permitido aos soldados da paz dar resposta, sem colocar em casa as pessoas e as propriedades.
Em Entre-os-Rios, “as ocorrências têm sido poucas”. Segundo o Marco Ferreira, comandante da corporação, o combate a incêndios tem sido feito essencialmente fora de portas, apoiando as corporações de fora do concelho no combate aos fogos.
Apesar de servir sete freguesias, Rio Mau, Sebolido, Canelas, Eja, Termas de são Vicente, Rio de Moinhos e Cabeça Santa, algumas delas com uma vasta área de floresta, a corporação tem registado pequenos focos de incêndio, que tem conseguido controlar através dos meios disponíveis. “O meu maior receio é o mês de setembro, altura em que normalmente se regista um maior número de ignições”, desabafou o comandante.
Situação semelhante vive-se na corporação de Paço de Sousa. Nos últimos meses, pequenos focos de incêndio têm obrigado à intervenção das equipas de combate, tendo sido o incêndio de maiores dimensões consumido 37 hectares de área. “Tem sido um ano normal, sem se registar um elevado número de ocorrências. Mas estamos numa fase crítica dos incêndios e é difícil projetar como serão os próximos meses”, afirmou ao Jornal IMEDIATO Joaquim Cruz, o comandante de Paço de Sousa.
A corporação de Penafiel não foge à regra e o maior trabalho “tem sido no apoio a outras corporações do distrito”, explicou o segundo comandante José Alberto Silva.
Em termos de área de influência da corporação da cidade, “tem sido tudo menos; menos ignições, menos área ardida”, acrescentou.
Em Paços de Ferreira, número de ignições é menor
Também no concelho de Paços de Ferreira o cenário não difere muito do verificado em Penafiel. O número de ignições tem sido menor, menos área ardida e um combate mais rápido e eficaz ao fogo.
Foi esta a ideia transmitida por António Barbosa, segundo comandante da corporação de Paços de Ferreira, que recentemente teve o seu maior incêndio do ano na zona da Seroa, uma ignição que veio de Valongo, alastrando-se depois a Santo Tirso (onde atingiu um canil e vitimou mais de 50 animais) e chegou a Paços de Ferreira.
Também em Freamunde, as ignições “têm sido poucas”. “Temos conseguido responder às nossas ocorrências e o maior trabalho que temos tido é no apoio às ocorrências das corporações de concelhos vizinhos”, explicou José Domingos, comandante de Freamunde.