O Comando Territorial do Porto, que celebrou o seu 106.º aniversário e o Dia da Unidade esta terça-feira, em Lousada, registou mais de 17 mil crimes nos primeiros oito meses do ano de 2024.
Os números foram avançados pelo Coronel Manuel Afonso, comandante do Comando Territorial do Porto, que deu nota ainda de que o Comando tem hoje um efetivo superior a 1700 militares e civis, organizado por seis destacamentos territoriais, dois destacamentos de trânsito, um destacamento de intervenção, 31 postos territoriais e um posto de trânsito. Atuando numa área de cerca de dois mil quilómetros quadrados, o Comando Territorial do Porto, garante o apoio a cerca de 900 mil pessoas, sendo “responsável pelo cumprimento da missão geral da Guarda em 17 dos 18 concelhos do distrito do Porto”.
Reforçando o trabalho realizado junto dos mais vulneráveis, como os idosos, as vítimas de violência doméstica e as crianças e jovens em risco, o Coronel Manuel Afonso destacou o envolvimento dos parceiros institucionais e da comunidade no cumprimento da missão. “O resultado final será o resultado do esforço conjunto das entidades envolvidas”, assegurou.
Falando da atividade operacional desenvolvida pela unidade nos primeiros oito meses do ano, Manuel Afonso destacou as mais de 1700 ações de sensibilização realizadas, “especialmente direcionadas para crianças e jovens”, assim como os 826 idosos registados no âmbito da Operação Censos Sénior, 609 dos quais vivendo sozinhos e, destes, 60 em situação de isolamento.
No que diz respeito à atividade criminal, o Comando registou mais de 17 mil crimes, com destaque para os crimes de violência doméstica, que representaram 1450 ocorrências e os crimes contra agentes da autoridade com mais de 70 situações.
Neste período os militares da Guarda detiveram mais de 3300 cidadãos, sendo 2700 detidos em flagrante delito, 1240 por condução em estado de embriaguez, 720 por condução sem carta e 273 por violência doméstica.
No âmbito da fiscalização rodoviária, o comandante Comando Territorial do Porto deu nota de que foram fiscalizados mais de 88 mil condutores, tendo sido elaborados cerca de 29 mil autos de contraordenação por infrações. No que à sinistralidade rodoviária diz respeito, registaram-se ainda mais de 8.700 acidentes, que resultaram em 2747 feridos ligeiros, mais de 100 feridos graves e 43 vítimas mortais.
No sentido de salvaguardar a segurança das pessoas e bens, “promovendo a proximidade e apoiando os mais vulneráveis”, a Guarda realizou mais de 81 mil ações de patrulhamento e fiscalização, tendo sido percorridos mais de três milhões e setecentos mil quilómetros.
No que respeita ao policiamento dos espetáculos desportivos, a Guarda fez mais de 21.500 ações. “Estes dados estatísticos apenas refletem uma pequena parte do trabalho operacional desenvolvido, mas permitem obter uma noção do volume do serviço que diariamente é efetuado pelos militares que prestam serviço na unidade”, afirmou, recordando que os serviços que a Guarda presta vão muito além dos enunciados. Por isso, no final, saudou todos os militares e civis que trabalham com a Guarda, “pelo papel e contributo, pelo muito que deram e continuam a dar no cumprimento da missão desta prestigiada força no garante do direito fundamental à segurança”.