Foi recentemente comemorado o Dia Internacional da Preguiça. Numa primeira análise, parece absurdo comemorar-se algo que leva ao “não fazer nada” e a ficar à espera que apareça tudo feito! Essa postura destrutiva e egoísta só termina quando o preguiçoso constata que afinal as coisas não “aparecem feitas” e tem que se pôr ao trabalho! É pois determinante o ambiente em que vive o dito preguiçoso, esse pode potenciar ou não a preguiça! Mas ao contrário do que se seria espectável, a preguiça pode ser fundamental para o progresso.
Esta preguiça é aquela que nos permite ser mais eficientes em qualquer trabalho. Porquê mais cansaço, degaste físico e psicológico se é possível criar uma forma diferente de fazer as coisas? O ser humano como ser “pensante” e capacitado para evoluir e se adaptar positivamente às mudanças, procura sempre o seu bem-estar. Nesse sentido, temos cada vez mais trabalhos repetitivos, perigosos ou pesados a serem efetuados por máquinas.
Esse progresso é cada vez mais evidente na dita quarta revolução industrial (indústria 4.0), onde a inteligência artificial ganha terreno e surgem os sistemas ciber-físicos. Por trás de tudo isso, como pano de fundo está a preguiça inerente do ser humano, para de alguma forma ganhar tempo para ele. Mesmo no nosso dia-a-dia, sempre que planeamos algo, é para o fazer mais depressa com menor dispêndio de energia e dinheiro! O objetivo base é sempre o mesmo: Ficar mais tempo livre!
Obviamente que nem tudo tem evoluído no sentido positivo, pois infelizmente, o tempo que se ganha por otimizar processos, acaba por ser ocupado com mais trabalho! Não deverão faltar muitos anos para que os automóveis sejam totalmente autónomos, onde todos os passageiros poderão desfrutar da paisagem e conviverem alegremente durante a viagem! Será assim? Ou, também na iremos vamos estar ocupados a resolver ainda mais problemas de trabalho e piorar o ambiente familiar no automóvel?
Noutro sentido, a preguiça, o desejar nada fazer, também é fundamental para o nosso equilibrio físico, mental, social e espiritual. Todos precisamos do nosso tempo, de estar connosco próprios…sem pensar nas atribulações do dia. Carregar as nossas baterias de paz, gratidão, entusiasmo, amor, resiliência…
Nesse sentido, algumas questões necessitam da sua resposta:
- Por que faz o que faz e da maneira que faz?
- Que alternativas mais eficientes pode encontrar?
- Quanto tempo livre tem por dia?
- Que gostaria que fosse diferente?
- Há quanto tempo não está consigo mesmo?
- Já aprendeu a “não fazer nada”?
- (…)
Através da Prática do Coaching pode utilizar inteligentemente a sua preguiça, otimizando processos, ganhando tempo para si, para o seu lazer e concretizando os seus sonhos pessoais. Não perca o próximo artigo de “Coaching…para quê?” Leia mais artigos na página de opinião do IMEDIATO.