A ideia de que os atletas de alta competição, nomeadamente os que participam nos jogos olímpicos, são máquinas de “quebrar” recordes, não será bem verdade. Ver a facilidade com que executam certas modalidades até parece fácil, mas não é. Mas quando chegam as provas, fica um país à espera de muitas medalhas…
Para os que estão deste lado do écran apenas passa o sucesso ou insucesso das grandes provas mediáticas. Não passa o resto… Esse tem a ver com a felicidade sentida e vivida pelos atletas de alto rendimento na sua prestação desportiva. Para muitos, tornou-se um pesadelo a pressão de ganhar e as consequências de isso não acontecer. Pouco se fala das condições psicossociais do trabalho destes atletas, muitas vezes alvo de discriminação, assédio moral e sexual! Estes atletas não são máquinas e não chega o intenso e “abusivo” treino físico, alimentação e “suplementos” apropriados para conquistar medalhas. Foi preciso, Simone Biles, uma das melhores atletas de sempre, dar o seu testemunho e prescindir da sua participação nos jogos olímpicos 2020, para dar relevo à importância da Saúde Mental. O desporto não pode ser um ato mecânico na busca do mero sucesso, quantas vezes imposto pelos outros, treinadores, familiares, organizações ou país. No preço dessas vitórias não cabe a destruição do ser humano, na sua dignidade, liberdade e sonhos.
A realização do atleta, no campo da alta competição, passa pela concretização de um sonho inserido na sua missão de Vida, aspirando pertencer a uma equipa (multidisciplinar) de elevado rigor técnico e ético para eduzir todo o seu potencial. Obviamente que nessa equipa multidisciplinar é fundamental a presença de um Coach “mental”.
Na Prática do Coaching em atletas de alto rendimento, promove-se a aquisição de competências “mentais” através de programas de “treino psicológico” interligados aos treinos de ordem física, técnica e tática. Paralelamente, trabalha-se o bem-estar integral do atleta, para que a competição seja mais um estado de “prazer” do que de “tensão” para assim conquistar a merecida vitória. Não perca o próximo artigo de “Coaching…para quê?” .
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