Decorrente da Recomendação da Organização Internacional do Trabalho e da UNESCO de 1966, comemora-se no dia 5 de outubro desde 1994, o Dia Mundial do Professor. Provavelmente, nenhum de nós estaria onde está hoje se não fossem os inúmeros professores que passaram pelas nossas vidas. É a profissão das profissões, pois é a “mãe” de todas delas. Se no início, Educadores de Infância e Professores do 1º ciclo nos fazem os “desmame” das ligações familiares e alargam os nossos relacionamentos, no fim do percurso académico, Professores do Ensino Superior preparam-nos para uma vida profissional e o ingresso no mundo laboral. Todo este processo é profundamente marcante e, por vezes, tem um elevado custo emocional. Assim, uma palavra de gratidão a todos os professores por quem passei e ainda continuo a passar pelo, prazer de aprender, refletir e inovar na minha prática de Formador, Professor e Coaching Pessoal e Organizacional.
Ser professor é provavelmente uma das tarefas mais complexas e exigentes. Não só pela diversidade das temáticas lecionadas e sua crescente profundidade, mas também pela necessidade da constante atualização de conhecimentos e práticas didático-pedagógicas, já para não referir a desigualdade de competências dos alunos e suas especificidades. Na profissão de professor nada é constante, tudo está em evolução! A maturidade física, cognitiva, emocional, espiritual, social…de cada jovem está a acontecer. Ao fim de dois ou três anos o aluno apenas terá de constante…o seu nome! Perante toda esta dinâmica e sabendo que o tempo de concentração de uma criança de 6 anos é de cerca 12 a 30 min e uma de 9 anos é de cerca de 18 a 45 min e que num ambiente não entusiasmante e com elementos distratores fica pelos 5 minutos, facilmente se deduz que o processo ensino/aprendizagem não é tarefa fácil!
É urgente proporcionar ambientes de aprendizagem e felicidade a todos os agentes educativos. Professores felizes…vão promover felicidade (o inverso também acontece, nem que seja de forma subliminar)! É preciso ir mais longe que o anexo do despacho conjunto nº2/2023.
Apesar de Portugal ter sido pioneiro a nível mundial na promoção de escolas felizes através do “Programa Happy Schools” assente no modelo da UNESCO, é urgente a sua implementação generalizada e autêntica, não só para atrair jovens para esta tão basilar profissão, mas principalmente para valorizar a quem já lá está há 20, 30 ou mais anos.
Através da Prática de Coaching Educacional, na dimensão “Pessoas” do “Programa Happy Schools”, é possível incrementar relações interpessoais profundas, significativas, facilitadoras do processo ensino/aprendizagem e conducentes ao sucesso e incremento da felicidade (subjetiva/objetiva) dos envolvidos.
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