Coaching / Trabalho / Felicidade / outros / Saudades / Férias / Exames / reconhecimento / Beijo / Estudante / Ser / Relação / Mudança / Vida /Ano Novo / Tempo / Coaching / Preguiça / Coaching…para quê? - Poupa / Saber Viver

Em pleno séc. XXI, é de lamentar estarmos ainda a falar de ausência de humanização. Alegadamente, todo o processo científico, tecnológico e digital, deveria dar espaço para verdadeiras e genuínas relações interpessoais, quer no âmbito pessoal quer laboral. Afinal, o tempo livre que o progresso deveria devolver aos trabalhadores não aconteceu! Se no passado o trabalhador demorava 1 hora a fazer determinada tarefa e agora, graças a toda a tecnologia a faz em meia, infelizmente, não fica com o restante tempo para ele. É obrigado a fazer duas unidades dessa tarefa. Porventura aliviou-se algum cansaço físico…mas intensificou-se o cansaço mental. Hoje, já não chega saber fazer a tarefa, são precisas competências digitais para a utilização de inúmeras plataformas …pois tudo o que se faz está a ser monitorizado! Um dia, alguém vai chegar junto dele com algum gráfico e dizer-lhe que nesse mês não “rendeu” o que deveria e que não conseguiu atingir os objetivos propostos! Desta forma, somos reduzidos a “máquinas de fazer qualquer coisa” com a desvantagem que nos cansamos e de já não haver prazer no que se faz e, muito menos em todo o trabalho “extra” que vai aparecendo! Para onde caminhamos? O caso mais insólito é falar-se de humanização precisamente no setor onde, alegadamente, estarão os profissionais e os especialistas que mais sabem sobre isso: No setor da saúde! A interação médico/doente…está enferma! O que interessa ao médico são os resultados provenientes de um diagnóstico, vindos dos laboratórios, de equipamentos de imagiologia, etc. Ali está a verdade. Pouco interessa o que o paciente diz, pois a tendência do paciente é contar a vida desde pequenino, queixar-se de umas quantas coisas difusas e confusas e, claro, o tempo passa e já está outro paciente à espera. Os objetivos da quantidade sobrepõem-se aos objetivos da qualidade subjetiva sentida pelo paciente! Em 2019 saiu um “Compromisso para a Humanização Hospitalar” ratificado por inúmeros organismos e instituições de saúde. Muitos, criaram comissões internas para esta temática e mesmo “Cartas de Humanização” com princípios a serem praticados. Pelas críticas que se ouvem do SNS, provavelmente ainda não foram implementados. Finalmente, já no início deste ano, foi criada a Comissão Nacional para a Humanização dos Cuidados de Saúde no Serviço Nacional de Saúde. Não deixa de ser caricato esta situação, quando a China terá brevemente o  primeiro hospital totalmente operado através de Inteligência Artificial do mundo, com médicos robóticos capazes de atender cerca de 3 mil pacientes por dia. O “Hospital Agente“, desenvolvido pela Universidade Tsinghua, em Pequim, terá a capacidade de economizar “milhões” com a sua interação automatizada.

Qual destes caminhos vamos seguir? Eliminar a interação humano-humano? Ou potenciar aquilo que o ser humano tem de mais sublime, a sua linguagem e a capacidade de comunicar? Nenhum equipamento, nem médico, humano ou robótico irá capturar o sentido ou significado de uma experiência subjetiva do paciente. E ele precisa de a comunicar, precisa de ser ouvido, precisa de chorar, mas acima de tudo, precisa de esperança e entusiasmo para aceitar tranquilamente o seu diagnóstico, em verdade. É isto que acontece em consultas de 15 min e de 90 euros?

O Coaching Pessoal e/ou Organizacional está certamente presente como ferramenta fundamental para “trabalhar” a humanização dos cuidados de saúde. De que forma? Contribuindo para uma reflexão profunda, individual e/ou em equipa, em sintonia com o “Fórum de Reflexão” a ser criado por essa comissão, trabalhando e monitorizando competências nesse sentido e, claro, promovendo ambientes de trabalho positivos, para todos os intervenientes. Aliás, Círculos de Coaching ou o Coaching estão já recomendados pela Norma Portuguesa NP4590  Sistema de gestão do bem-estar e de felicidade organizacional.  Não será evidente que trabalhando a Felicidade organizacional das organizações (de saúde, educacionais, industriais ou outras), se estará a trabalhar também a “humanização”…da humanidade?

Através da Prática de Coaching Organizacional a sua Instituição de Saúde pode potenciar os seus colaboradores a criar ambientes salutares e positivos recorrendo, a uma comunicação positiva e não violenta, promotora do bem-estar subjetivo do paciente, no momento que mais precisa.

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