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Há Coaching e coaching. Hoje, a palavra “Coaching” é utilizada nos mais variados contextos, conforme constatamos nos meios de comunicação social digitais ou não, a nível nacional e internacional. É perfeitamente natural que o cidadão comum fique, por vezes, baralhado devido à utilização abusiva e descontextualizada da palavra Coaching. Outros ainda podem confundir Coaching com Psicologia. Embora qualquer Psicólogo possa ser Coach (nesse caso normalmente praticam o Coaching Psicológico), um Coach não é Psicólogo (jamais o poderia ser!) e a “linha” de Coaching que segue tem “origem” distinta. Isto significa que o “alvo” da Psicologia e do Coaching é distinto e que um Coach profissional e ético deve encaminhar (como já o fiz) para outros profissionais quando o seu Coachee (cliente) está “desequilibrado” no que pensa, no que diz, no que sente e no que deseja! Deve seguir-se sempre a máxima do Socorrismo: se não sabe…não mexe!

Infelizmente, também se constata a utilização do Coaching como sendo algo milagroso, na certeza que todos vão ficar ricos, que todos vão ficar felizes, que todos vão ficar “super capacitados” para atingir todos os sonhos, etc. As tais sessões de coaching e as “ditas  formações” são a preços super elevados “alegadamente” em linha com a presumida “qualidade”. Fazem-se atividades onde se promove a superação em situações “ridículas” e quase se utilizam “mantras” para “gravar” o momento, é a tal “lavagem cerebral”!. Essas situações são até frequentemente, alvo de vários programas humorísticos. Obviamente, que clientes que se sentem “enganados” e “humilhados” jamais quererão ouvir falar de coaching e dos seus métodos milagrosos. Nesse sentido, caro leitor, quando a promessa é demais, até o Santo desconfia! Aliás, cuidado quando alguém no Coaching lhe faz promessas!

No verdadeiro Coaching há que substituir a palavra “promessa” por “Compromisso”. Compromisso do Coachee para com ele próprio na prática das ações por ele delineadas, desfrutando do caminho até à concretização do seu objetivo. No Coaching não há conselhos! Há múltiplas possibilidades! Há provocação mental do Coachee pelo Coach, com as suas questões racionais, sem tabus, fundamentadas na evidência. Há no fundo uma consciencialização do Coachee sobre o seu Projeto de Vida! Pois viver, qualquer um vive. Saber o motivo pelo qual vale a pena Viver, aconteça o que acontecer…é outro assunto!

No Coaching não há promessas, apenas um plano de ação realista, refletido e sentido, que se executado pelo Coachee, aumenta as probabilidades de concretização do seu “Sonho”. Mas, se a maioria recorre ao Coaching pelo seus Sonhos, provavelmente, no final do Processo de Coaching, o que mais transformou o Coachee foi a transição de um Mapa Mental fechado, dogmático, redutor e profundamente apático e triste para um Mapa Mental renovado, disponível para atualizações, energético, profundo e ético, que promove o entusiasmo pela Vida, dando-lhe assim uma sensação de “bem-sentir” e de felicidade subjetiva. Não será também isso que o leitor deseja?

Através da Prática do Coaching, estude-se, trabalhe-se e evolua para a pessoa que realmente aspira Ser.

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